A primeira queda, a gente nunca esquece!

Olá meus amigos?

Cansados desse papo de viagem ou preparados para mais uma leitura?

Depois da chuva de comentários que venho recebendo, estou me animando com esse negócio de escrever. Se não der mais certo na informática, acho que posso seguir a carreira de escritor. Posso? Vocês realmente comprarão alguma publicação minha? Bem, deixa de papo furado e vamos ao que realmente interessa.

Olha, nunca vi tanta gente se identificando com Vancouver depois de ler o texto sobre os malucos. Não sei, mas creio que não deveria ter escrito, mas agora já foi. E pensando bem, existe uma certa identificação sim. Sair de seu país, do conforto de casa e de repente ir prá outro com um idioma completamente diferente. É coisa de doido mesmo, mas enfim. Enquanto ainda não estamos fazendo bilu-bilu, dando palestra em trem, falando com um celular virtual e uma pessoa virtual, acho que temos conserto. Mas enfim, apenas um comentário, pois hoje falo de dois de meus passeios por aqui.

Durante a semana recebemos um folheto da escola indicando os lugares que ela organizava para visitas. Já de cara escolhi Whistler, onde tem uma das mais belas e famosas estações de esqui, e onde será realizado algumas competições das Olimpíadas de Inverno de 2010. Esse passeio caiu em um domingo, coincidentemente dia do meu aniversário. Coincidência ou não, passei meu aniversário na neve. Prá quem nunca tinha visto neve na vida, acho que foi legal o aniversário, o que acham?

Bem, mas antes desse dia, teria o sábado todo pela frente e sem nada para fazer. E isso estava totalmente fora de cogitação. Pois bem. Reunimos alguns colegas de classe e outros de outras classes e decidimos por conhecer o Stanley Park, que fica dentro da cidade de Vancouver. Peguei o ônibus na manhã de sábado e encontrei meus colegas em frente à escola e descemos à pé até o parque. Mas antes uma parada para um chocolate quente, afinal ninguém suporta frio sem algo quente para beber. E especialmente nesse dia, amanheceu com uma garoa fria e o tempo mais frio ainda, quase congelando. Mas com o passar do dia foi esquentando. Par que vocês entendam, quente aqui nessa época é em torno de 8 graus, ok? Pois bem, entre chocolate quente e paradas para fotos, chegamos ao parque, porém nem chegamos a entrar totalmente nele e já fomos direto para o Aquário de Vancouver. Se algum dia vocês passarem por aqui, não deixem de entrar nele. Ah, não esqueçam a carteira de estudante, tem um belo desconto. 😉

Uma vez lá dentro, além de visitar os diversos tipos de peixes e animais marinhos e terrestres também, veja antes os horários de apresentações de focas, baleias e golfinhos. Não chega a ser uma daquelas apresentações da Disney, que um dia verei ao vivo, mas vale e muito a pena. É o maior barato essas apresentações e o melhor é que são apresentações curtas e sobre muito tempo para conhecer o aquário por completo. E na saída, para variar, uma loja de souvenirs aguarda seus dólares.

Em relação a esse passeio, não tenho muito o que contar, apenas deixá-los com aquela sensação de que, um dia quero conhecer e digo, vale e muito a pena.

Depois desse passeio, parte do grupo foi para outro parque e eu fui, com outra parte do grupo, para o shopping gastar um pouco. Não que eu não quisesse conhecer outro local. Até queria e muito, mas eu não tinha roupa de frio para agüentar o dia seguinte e tinha que me prevenir. Daí, a necessidade de sobrevivência falou mais alto.

Chegou o dia seguinte. 😀

Acordei lá pelas 5h da manhã, às 6h peguei o ônibus e 6h30 estava com outros colegas aguardando a Van sair para Whistler. Esse dia estava totalmente sem nuvens e com um sol de dar inveja a qualquer um na praia de Copacabana. A questão é que em Copacabana não é frio… hehehe

No caminho para Whistler, fomos o tempo todo acompanhados por belas paisagens das montanhas geladas aqui do Canadá. Paramos em um posto de conveniência para quem quisesse esquiar, comprar o ticket de aluguel dos equipamentos e o BACANA aqui foi um deles. Ah se eu pudesse prever o futuro… Mas o passado ensina. Quando aprendemos a andar, a primeira queda a gente nunca esquece, não é verdade? Depois que cresce, isso faz mais sentido ainda.

Chegando em Whistler, fomos recebidos por um pouco de frio. Aliás, muito frio e neve por tudo o que era canto da cidade. E novamente o BACANA louco prá subir num esqui. E dali seguimos para pegar o equipamento e subir o morro… E que morro! 😀

Antes disso, apreciamos as belas construções do vilarejo que mais parece os cenários do Projac. Tudo isso está registrado na minha máquina fotográfica. Estou selecionando as melhores para publicar no álbum.

Pois então, chegando no aluguel, fiz os procedimentos iniciais, peguei os equipamentos e entrei na gôndola com outro colega para esquiar. Ele sabia, mas eu… Eu nunca era deveria ter conjugado o verbo esquiar. Mas tudo bem. Até chegar lá em cima, só festa. Uma vez lá, esse meu colega me ensinou o básico e o Ed já sabia esquiar. Uhuuuu … Agora é descer o morro. É… Esse era o problema. Depois que subi naquelas duas “ripas” nada mais conseguia me fazer parar em cima delas, e o pior, quando parava, quem andava eram elas. Aquele treco andava só de ver um desnível. Parece até que tava de brincadeira comigo ou tinha alguém de divertindo, controlando aquilo através de um controle remoto.

Mas tudo bem, o BACANA pensou, aliás, pensou não, porque se pensasse não estaria em cima daquele treco, mas tudo bem. Falei comigo mesmo: Daqui a pouco pego o jeito. Depois de um tempo, não é que peguei o jeito mesmo. O jeito de cair de forma que me machucava o menos possível. Vocês não tem a mínima noção de como a neve é bonita. A conheci de tudo quanto foi jeito, de costa, de frente, de lado, de boca (aliás, nem precisei botar na boca prá saber o gosto disso, ela veio até mim numa velocidade que nunca havia visto antes), o cheiro eu não sei, porque o nariz foi tantas vezes nela que adormeceu de gelado. Era cada tombo cinematográfico. Teve horas que me imaginei que nem desenho animado, caindo e virando uma bola de neve. E não estava muito longe disso não.

Ah, tem ainda o Snowboard. Se eu subi num treco desses? É claro que não. Se eu não parei em cima de dois, que o dia de um com os pés amarrados. E não pensem que é que nem skate, porque não é. Seus pés ficam presos naquilo. Se não souber parar também, só o chão prá segurar e eu já estava cansado de cair.

Devem estar se matando de rir, mas tudo bem, minha intenção é essa mesmo. Só para que vocês não façam isso sem antes pegar umas aulas antes, mas adianto que o preço não é lá muito divertido não. Melhor seria rir de você mesmo quando estiver lá em cima diante da seguinte cena: Você sobre aquele troço morro abaixo e do lado um barranco. Na sua frente um bando de árvore chegando a uma velocidade maior do que o seu tempo para achar uma solução de como parar aquelas duas “ripas”. E para piorar, você tem uma curva entre as árvores e o barranco. É onde você tem que passar. O que vocês fariam?

Bem, a minha solução para parar vocês já sabem, agora cabe a cada um ter a mesma experiência para me contarem depois. Mas de uma coisa vocês podem ter certeza, eu faria tudo isso novamente. Nada no mundo paga a sensação de estar ali, mesmo sobre essas condições, mesmo tendo que subir morro acima à pé, pois até em baixo era um longo caminho e em cima daquele troço eu não desceria nem sobe tortura. Essa foi a maior experiência da minha vida, uma porque não sei se faço isso novamente, não sem pegar aula, e outra para saber que meus esportes são o futebol, tênis e corrida. Esporte de inverno, faço muita questão não. E felizmente para mim e infelizmente para vocês, ninguém fotografou isso. Bem que eu queria, mas, doido prá fazer isso lá em cima, só eu mesmo. 😀

Ah, mas e a foto acima? Estou de pé em cima das “ripas”. Não se iludam com ela, é só prá compor um álbum feliz. Aquele meu colega tirou quando consegui, finalmente, parar em cima daquele troço. Daí ele desceu e a partir daí começou o show que vocês já conhecem e não vou contar de novo. Tão achando o quê, neve é gelada e branca, mas não é mole não.

Bem, por hoje é só. Só Ed, pô escreveu prá burro e diz só? Tudo bem, avancei um pouco, foi mal, mas eu precisava desabafar com alguém e ninguém melhor do que meus amigos e familiares, é ou não é? 😀

Agora posso dormir em paz com minha consciência.

Mas antes de dormir, deixo para vocês mais uma imagem do belo riacho Lynn, no Lynn Canyon Park. Cenário do próximo passeio que farão.

Um grande abraço a todos!

De médico e louco, todo mundo tem um pouco!

Olá meus amigos. Estou aqui novamente e tenho muita coisa a contar, porém preciso dividir em partes, caso contrário essa leitura ficará bastante cansativa. Eu sei por que trabalho que nem vocês e às vezes é complicado ler um texto muito extenso. Pois bem, hoje vou contar um pouco sobre algumas particularidades de Vancouver, sob o meu ponto de vista, claro. Quero ainda contar sobre dois de meus passeios, mas deixo para o próximo texto, pois o que tenho prá contar hoje é muita coisa prá um dia só. 🙂

Primeiramente me desculpem a foto, mas foi a mais bizarra que consegui produzir para representar esse texto. E detalhe, quando tiver nem pensava em escrever isso aqui, mas aí estava fazendo um frio de doer os ossos e meu objetivo era representar isso. Paciência, ficou tão bizzara que vai representar outra coisa. 😀

No Brasil, é bastante comum andarmos pelas ruas e vermos pedintes e mendigos pelas ruas e calçadas. Aqui pedinte até achamos, porém adultos e não crianças. Mendigos alguns as vezes aparece, porém é meio raro encontrá-los. Mas Vancouver tem uma particularidade que me chamou atenção. A quantidade de maluco que essa cidade tem. Não riam não, é verdade. Estou falando sério. É um maluco a cada esquina. Para confirmar isso, pesquisei no Orkut e tem até comunidade “Medo dos loucos de Vancouver”. A coisa é séria minha gente. Sabe aquelas figuras premiadas de álbum de figurinha, que precisávamos comprar 200 pacotes prá achar uma? Pois é, aqui se acha uma dessas em cada esquina, literalmente e em forma de gente. Basta caminhar nas ruas por alguns segundos e pronto, dá de cara com uma dessas. 🙂

Não estão acreditando? Ok… Continue lendo. No final deixem seus comentários a respeito.

Quando voltava do meu primeiro passeio, eu e meus colegas pegamos o Sky Train(é como o metrô de superfície), para ir a um shopping conhecer o lugar e comermos também. Afinal eram quase 3h da tarde e andávamos desde as 9h da manhã.

Pegamos o trem, começamos a conversar (em Inglês, claro), e me aparece um sujeito que começa a falar alto dentro do trem. No início não dei muita atenção e até achei que fosse que nem aquelas pessoas que entram em ônibus e metrô no Brasil para vender trecos. Que nada, era um desses malucos. Abrindo um parêntesis, aqui os trens não possuem catracas como nossos metrôs. Você simplesmente valida o ticket, bota no bolso e vai embora, ou seja, se ninguém lhe pede o ticket, não fica nem sabendo que você validou, mas é um risco, se alguém pedir você precisará apresentá-lo. Essa é outra questão importantíssima sobre a cultura de país de primeiro mundo. Ninguém questiona se pagou ou não, mas cada um sabe da sua responsabilidade para continuar mantendo o sistema funcionando bem e com qualidade. E o estado por sua vez, retribui no mesmo nível. Bem diferente de um país que eu conheço. Esse mesmo ticket dá direito ao trem, ônibus e SeaBus(espécie de balsa que pegamos para atravessar para North Vancouver), durante um período de 1h40. Validou uma vez, começa a contar o tempo. Você pode andar quantas vezes quiser dentro desse período em uma determinada região, mas isso não vou contar agora, deixa para outro momento. Essa aqui é dedicada aos loucos… 😀

Voltando à figura premiada do trem, o cara parava de falar e depois mandava ver novamente. Comecei a prestar atenção no sujeito, sem olhar diretamente para ele claro, vai que ele acha mesmo que to assistindo ele. Maluco por maluco, guardo a minha maluquice prá mim mesmo. Para a minha surpresa, comecei a entender o rapaz(um maluco mais cedo ou mais tarde acaba entendendo outro). Acho que ele estava pensando que nós éramos uma platéia e ele o palestrante. E o pior deveria ser um assunto importantíssimo, pois a fisionomia dele era séria e compenetrada. Não entendi qual o assunto, mas o camarada falava e de repente parava como se estivesse feito uma pergunta e esperava a resposta. Ele continuava: “That it, is correct”. E começava todo o discurso novamente. Essa palestra durou o tempo suficiente para que chegasse nossa estação e termos que abandonar essa bela, ilustríssima e importante apresentação. Sem palmas, pois o discurso continuou adiante e pela animação do palestrante possivelmente não deve ter parado até hoje, mas a continuidade dessa história deixo por conta de outra pessoa.

Mais um dia de aula e estou eu voltando para “casa”. Pego meu ônibus costumeiro e me sento mais ou menos no meio. Na parada seguinte entra um senhor que aparentava ter seus quarenta e poucos anos e senta-se a umas duas cadeiras de distância da minha. Até aí tudo bem, tudo normal não fosse ele começar a conversar com alguém. Devem estar se perguntando qual é a maluquice disso, afinal todo mundo conversa com todo mundo. A questão é que não tinha ninguém do lado dele e o cara batia o maior papo. E falava, apontava algo fora do ônibus, respondia as perguntas (dele), perguntava de novo, contava algo e até brigar com o outro maluco imaginário ele brigava. Não falava alto, ficava na dele, porém batendo o maior papo prá passar o tempo na volta prá casa. A coisa é de maluco mesmo. Estão rindo? Pois é, eu também tenho horas que não consigo segurar o riso, mas fazer o quê? Fala sério? Eu me divirto aqui com isso. É o maior barato. Mas eu ainda quero descobrir o motivo de ter tanto maluco aqui. E detalhe, todos muito bem vestidos, banho tomado e etc. Não é que nem os malucos que vemos no Brasil diariamente não.

Tem histórias, como a de um carinha que falava ao celular e aparentemente brigando com alguém ao telefone celular. Urrava feito leão enfurecido. Detalhe, quando passei pelo garoto(é modo de falar, porque o cara deveria ter uns quarenta e poucos anos), percebi um leve detalhe. Falar ao celular é muito comum e encontrar alguém brigando com outro alguém também é comum, mas em todos esses casos um aparelho de celular aparece na mão do sujeito, mas na mão do nosso amigo bravio, só mesmo os dedos prá dizer que tinha alguma coisa. Outro dia voltava de uma loja com duas colegas de curso e me sai um cara do nada e pergunta (em espanhol), como vai a família e coisa e tal. Certa vez, pela manhã outra dessas figuras premiadas pára literalmente em frente ao ônibus em que eu estava e começa a berrar brigando com o motorista. Detalhe, o ônibus estava parado em frente à parada de ônibus. Não houve absolutamente nada para o cara estar naquela situação.

É ou não é coisa de doido? Quando descobrir os motivos de ter tanta gente assim aqui eu aviso, isso se eu não ficar assim também, pois trabalhar com Informática e Telecom, é meio passo prá começar a fazer bilu-bilu e chamar urubu de meu louro. Brincadeira minha??? Sugiro que pensem mais seriamente sobre o assunto. Hehehe

Por hoje é só pessoal. Estou muito cansado e preciso dormir.

Espero vê-los em breve e não esqueçam seus comentários. Só não peguem pesado com nossos “amigos” daqui. Sejam amenos, pois de médico e louco, todos nós temos um pouco. É ou não é? 🙂

Finalizo com uma foto tirada na “Lynn Canyon Suspension Bridge” que fica no Lynn Canyon Park em Noth Vancouver. Foi oficialmente inaugurada em 1912, possiu 48mts de comprimento e 50mts de altura, passando sobre o riacho que leva o mesmo nome do parque, Lynn.

Um grande abraço a todos!

O ponto é: Convivência.

Bem meus amigos, após algum tempo estou de volta com mais alguns comentários e dicas para que se deliciem juntos comigo dessa viagem. Preparados?

Primeiramente gostaria de agradecer a todas as mensagens de carinho que recebi no dia do meu aniversário. Por e-mail, Orkut, aqui no blog, enfim, confesso que me emocionei prá caramba e isso faz com que eu me sinta bastante prestigiado e feliz com os amigos e familiares que tenho. Vocês realmente são pessoas mais do que especiais e se eu não estivesse escolhido estar aqui nesse dia, certamente estaria comemorando com todos vocês. Um imenso obrigado a todos e espero um dia poder retribuir todo esse carinho. Valeu galera. Essas mensagens fizeram uma tremenda diferença prá mim aqui.

Bem, agora vamos ao texto senão a emoção toma conta novamente. 🙂

Algumas pessoas me questionaram sobre o custo de uma viagem dessas, o prazo desse planejamento, o que se deve pensar para executar esse projeto e etc. Eu deveria ter começado a escrever falando disso, porém deixei passar o bonde, mas prometo voltar a esse assunto mais para frente e matar essa curiosidade, pois agora que alcancei esse bonde, não quero deixá-lo passar novamente e perder fatos que estão acontecendo agora, “on the time”.

Uma das perguntas que fiz a algumas pessoas quando estava me preparando para viajar, foi como era ficar em casa de família e confesso que nenhuma conseguiu me descrever como é realmente viver por um tempo convivendo com outra família. Não sei se conseguirei essa façanha, mas não custa tentar. Primeiro imaginem um hotel. Esse local possui regras como dia de entrada, saída, horário de limpeza e etc. Em casa de família é a mesma coisa só que com a diferença de que você toma café da manhã e janta com os donos desse hotel. Legal não? Pode parecer estranho, mas não é. É muito natural e é aí que está o grande lance de estudar inglês fora e ficar em casa de família e não em um alojamento ou hotel. Temos a possibilidade de conviver com os hábitos e cultura do povo local ou até de outros povos, pois não é incomum alunos ficar em casas de família de outras nacionalidades. No momento em que você contrata o pacote da escola, precisamos escolher alguns itens como a localização da casa, itens que queira que seu quarto tenha como banheiro privativo, televisão no quarto, internet e etc. Tudo isso tem seu preço, claro e depende muito do objetivo de cada um. No meu caso, convivo perfeitamente bem com a família, com os outros alunos que estão aqui e todos os dias converso pelo menos uns 40 minutos, geralmente no jantar, pois no café da manhã é mais complicado por causa do horário. Eles encaram como se o aluno fosse da família. Eu mesmo preparo meu café da manhã. Abro geladeira, pego o que quero e faço. Sem muita frescura. No jantar, quando chego após o horário, eles sempre deixam a comida na mesa. Apenas pego e esquento no microondas. Simples assim. E os donos da casa dão o total apoio quando preciso de algo. Se quiserem um dia fazer o que eu fiz, não fiquem em alojamento, perde-se muito tempo que poderia ser aproveitado praticando-se em casa.

Outro ponto a ser comentado é a escola. Existe escola de tudo o que é jeito. Como eu queria uma escola que me desse uma base maior na parte de gramática e negócios, escolhi uma mais tradicional e que a faixa etária fosse de 25 anos de idade, ou seja, poucos adolescentes e com isso maior possibilidade de troca de experiências e informações. Nessa escola É PROIBIDO conversar em outro idioma que não seja o inglês. A única exceção é quando se está ao telefone(falando) ou na internet (escrevendo), caso contrário, ou se fala inglês ou eles te mandam prá casa. E quando digo “mandam prá casa”, mandam mesmo. Em uma de minhas aulas, dois coreanos vacilaram e tiveram um diálogo no idioma deles. Resultado, a professora simplesmente disse que sentia muito, mas eles teriam que sair e naquela aula eles não participariam mais. Só no outro dia.

E por falar em coreano, um fato engraçado é que a quantidade de japonês, coreano e chinês nessa cidade é absurda. E o grande desafio não é falar inglês, é tentar entender o inglês que eles falam. Vocês não tem a mínima noção da dificuldade que é tentar conversar com eles. Nas salas, brasileiro fica num canto e eles em outro, pois eles se entendem perfeitamente e nós nos entendemos também. Mas os professores acham que tem que misturar, então lá vamos nós aprender mais um idioma. RS

Aqui também tem bastante brasileiro, mas a grande maioria esquece que o português existe e manda bala no inglês. Pelo menos na escola onde estou. Também pudera, 90% deles ou pagaram do próprio bolso(como eu) ou a empresa onde trabalham fizeram o investimento, ou seja, tem que aprender e dedicar. Papai não tá pagando não.

Comentei um pouco da família, da casa, da escola e acho que já chega… No final de tudo isso faço um texto contando sobre o planejamento e aí coloco mais detalhes que adianto, não serão poucos. Tem muita coisa que acontece que só depois que chegamos e isso nenhuma agência vai falar. Coisas do tipo: horário de ônibus, uso do transporte público, quando escolhe um local não dizem a quantidade de ônibus que se pega e etc. Mas isso comento depois.

E conforme prometido, publiquei algumas fotos no Orkut. É uma pequena prévia, pois estou selecionando para colocar no Picasa para que todos possam ver com calma e se deliciar com as imagens, que confesso são fantásticas. No último final de semana visitei um parque chamado Stanley Parque, onde tem o Aquário de Vancouver. Um local fantástico e que precisa ser visitado por quem visita a cidade. Outro local visitado foi uma cidade de nome Whistler. É um pequeno vilarejo a 120Km de Vancouver que possui uma das maiores e mais belas estações de esqui do planeta e onde será um dos locais de competição dos jogos olímpicos de inverno de 2010. Se não conseguem imaginar o local, dê uma passada no Orkut e veja com os próprios olhos que vale a pena.

No próximo texto, provavelmente a ser publicado no próximo sábado, descreverei os dois passeios e adianto que não vou deixar passar nada, inclusive contar sobre minha experiência sobre um esqui.


Aguardem !!!


Me despeço de vocês com duas fotos, a primeira é esta aqui do lado, onde ao fundo está o Stanley Park.

E a segunda é esta aí em baixo, onde podem ver o vilarejo de Whistler com vista de um teleférico.

Agora pensem num lugar frio? Pensou? Adicione gelo e aumente a temperatura do congelador… É mais ou menos perto disso. Mas foi o lugar onde escolhi para passar meu aniversário, fazer o quê… 🙂

Um grande abraço a todos!

Um pouco mais de cultura!

Perguntas e comentários não param de chegar, e vocês imaginam o bem que isso faz quando se está sozinho, longe de casa, da família e dos amigos. Principalmente quando seu próprio aniversário está batendo à porta. Mas, escolhas são escolhas e a decisão foi minha. Adianto que não me arrependo em hipótese alguma, e faria novamente, tenham certeza disso. Ainda mais depois da quantidade de recados que tenho recebido. 😀

Pois bem… Vamos ao que realmente interessa.

É mais do que óbvio que estou me deparando com uma série de coisas inéditas em relação à cultura local. Primeiro que as casas aqui possuem um estilo europeu e não deve ser atoa que aqui se chama Vancouver BC (British Columbia), ou seja, uma cidade da província canadense de Columbia Britânica. É uma cidade com população que gira em torno de 550 mil habitantes e fica localizada na costa do Oceano Pacífico. A grande maioria das casas são de madeira, para não dizer todas, pois até agora não vi nenhuma que seja de alvenaria. Isso pelo fato do frio que faz aqui, conforme mencionei no texto anterior. Em geral essas casas não possuem muros ou as que possuem, os tem, porém baixos e com cerca viva. Portão nas casas é algo que raramente vejo e os carros ficam nas garagens totalmente abertas. As casas, geralmente são identificadas pelo número e pelo nome da família que ali mora. Um exemplo é onde estou e possui as seguintes informações: Número, nome da família (no caso “The Carrs”) e ainda se na casa animais de estimação são ou não bem vindos. É isso mesmo, tem um adesivo na porta dizendo: “Sim, gostamos de animais de estimação. Eles aqui são bem vindos!”.

No interior das casas, são totalmente carpetadas e isso faz com que o frio fique isolado do lado de fora. Lixo, somente para produtos recicláveis como papel, plástico e etc. Lixo orgânico é jogado na pia da cozinha, onde abaixo do ralo possui uma espécie de triturador que destrói tudo o que passa.

Outra coisa que me chamou a atenção no meu primeiro dia aqui. Estava cansado da viagem e quando entrei em casa, me perguntaram se estava com fome, sede ou se queria alguma coisa. Disse que queria um pouco de água e já de cara comecei a tentar achar o filtro. Cadê o filtro? Mostraram-me onde ficam os copos e me apontaram para a torneira. Isso mesmo, torneira. Como marinheiro de primeira viagem e como a sede tava grande, peguei copo e bebi água da torneira mesmo. Achei aquilo estranho, mas, bebi. E detalhe, água gelada. Também pudera, do lado de fora estava fazendo 0 grau. Abrindo um parêntesis, todas as torneiras possuem dois estágios, um de água quente e outro para água fria.

Pois bem. Passado o primeiro dia, lá estou eu na escola e começam a fazer as apresentações da estrutura da escola, regras, instalações e etc. Em um determinado momento, a diretora da escola virou e disse: “Se quiserem água, podem pegar da torneira. É estranho para muitos aqui, eu sei, mas a água que sai da torneira é filtrada.”. Entenderam porque não tem filtro? E detalhe, aquele gosto de cloro (e outras coisas mais) que estamos acostumados no Brasil, não existe aqui não. E se existe, esconderam muito bem. 🙂

Bem, por hoje é só. Preciso descansar um pouco, pois a semana não foi lá muito tranqüila. As aulas estão cada vez mais puxadas. São três blocos de 2 horas cada, por dia, sendo que o primeiro começa às 11h, o segundo as 13h30 e o terceiro às 16h, totalizando 6 horas com 30 minutos de intervalo entre cada bloco. Estavam achando que a vida aqui seria mole? Não é bem assim não. São férias, mas tem trabalho também. Confesso que tem um certo prazer nisso, mas não está mole não. Porém esse é um assunto para o próximo texto. Afinal, o sono ta batendo e o final de semana chegando, e junto uma série de atividades me aguarda.

A propósito e para matar a curiosidade de muitos, as fotos acima são da casa onde estou “morando”.

E aguardem, porque vem aí as primeiras fotos da viagem.




Mas para os mais apressados, uma pequena amostra do que está por vir.


Salute!!!

And have a good weekend!

Educação e Cidadania – Existe alguém quem tenha!

Primeiramente quero agradecer aos comentários do último texto e gostaria de pedir um pouco mais de tempo em relação às fotos. Infelizmente ainda não tive tempo para sair além do centro da cidade para conhecer os demais lugares, mas certamente irei conhecer. Ainda estou em meu 4º dia aqui. Tenho algum tempo ainda… hehehe

E também perdoem os erros de português, pois o tempo é curto e na ânsia de escrever acaba saíndo coisa com erro de ortografia que nem o corretor do Word consegue pegar.

Nesses últimos dias recebi uma série de questionamentos relativos à cidade. Então vamos por parte que tentarei, aos poucos, abordar esses questionamentos, ou pelo menos o que eu me lembrar e der tempo, afinal, não estou aqui só para passear, estudar, etc. Dormir também faz parte do pacote. 😀

O Frio…

Pois é Paty, o frio … rs

Essa foi uma questão delicada e que foi abordada por todos os que ficaram sabendo antecipadamente dessa viagem. Pois bem. Esse tal frio que um bando de gente andou me falando para tomar cuidado, felizmente minhas roupas de frio estão dando conta do recado e até o momento esse frio não está incomodando. A temperatura nesses dias gira em torno de 1 grau aproximadamente e não varia muito, mesmo durante a noite. A sensação térmica é que varia um pouco, devido ao vento, mas como não venta muito por aqui nessa época, ando deixando o frio de lado e indo curtir minha viagem.

Mas para quem pensam em vir para cá passar uma temporada, fique tranqüilo, pois todos os locais fechados são aquecidos, inclusive dentro dos ônibus e metrô.

Por falar em ônibus. Chego ao ponto para pegar o ônibus para ir à escola. Primeiro dia. Parou, entrei e … onde foi parar a catraca? Aqui os ônibus não têm catraca. Existem urnas para validação dos tickets. Ao entrar no ônibus coloca-se o ticket na urna, que mais parece aqueles de estacionamento no Brasil, aguarda a validação e o pega de volta. Daí só curtir a viagem e uma tremenda lição de educação e cidadania que nosso sistema de transporte deveria receber aí no Brasil. O motorista mais parece passageiro, pois sempre quando entra um escuta-se um belo de um bom dia, de ambas as partes. Raros são os momentos em que não se ouve isso. Idoso e pessoas com dificuldade de locomoção ou com carrinho de criança, tem atenção especial. Parou o ônibus a suspensão abaixa até quase no nível do meio-fio e o passageiro entra. Detalhe, os ônibus não possuem degraus. E o motorista só anda quando vê que esse passageiro se encontra em segurança. A quantidade de pontos de parada também é espetacular, parece ter um a cada 200 metros. Perdeu uma parada, pode ficar tranqüilo que se descer na próxima não terá que andar muito, apenas alguns metros. Nada que seja traumático. E outra coisa me chamou muito a atenção da população. Ao que o motorista abre a porta para descerem, ouve-se também um sonoro “obrigado” e outro maior ainda “disponha”, vindo do motorista. As vezes penso que estou literalmente em outro mundo. Mas enfim, estou no planeta Terra e existe sim lugares onde haja respeito e cidadania. É claro que vejo algo que foge a isso, mas aqui, essas coisas são exceções e não a regra.

Quer sair de casa de bicicleta e pegar um ônibus para acabar de chegar ao destino? Também pode. Alguns ônibus são equipados com suporte para bicicletas na frente. Você avisa ao motorista, ele aguarda você colocar a bicicleta e entrar no ônibus e daí, boa viagem meu amigo. Legal não? Fico pensando isso aqui no Brasil. Além de ser capaz de passar por cima do sujeito ainda diz que estava atrapalhando o trânsito.

Trânsito. Esse é outro assunto interessante por aqui. Também existe respeito. Até hoje, poucas vezes vi um carro acessar a faixa destinada exclusivamente aos ônibus. Mas também acontece algo engraçado em relação a isso. Basta ver um carro impedindo a passagem de um ônibus, o cara enfia a mão literalmente na buzina e só solta quando o indivíduo do carro da frente se tocar e sair do lugar que não é dele. Mas foi apenas nessas horas que vi alguém usar a buzina por aqui. E o contrário, ônibus entrar em faixa que não é a dele, só ocorre quando existe um carro estacionado na rua. Isso pode ocorrer em um local que tenha vaga de estacionamento. Nesse caso o ônibus avança para a faixa comum e retorna imediatamente após passar o carro estacionado. Não existe o fato de querer levar vantagem no trânsito e competição entre carro e ônibus. E não vi engavetamento de ônibus e muito menos de carro. Quando um ônibus está cheio, o motorista pede, não manda, para os passageiros aguardarem o outro ônibus, pois aquele não cabe mais passageiro algum. Vocês podem estar imaginando que esse parece já uma lata de sardinha, não é mesmo? Errado, está cheio, o que é diferente de totalmente lotado saindo gente pelo ladrão. Nesse não discuta ou tente dar o jeitinho brasileiro, apenas aguarde o próximo, pois certamente estará mais vazio. A primeira vez que vi não acreditei, mas… Só vendo para acreditar.

Bem, acho que já escrevi muito além do que poderia, mas antes de encerrar, apenas mais um comentário em relação à sinalização de trânsito para motoristas e pedestres. Todas as ruas (pelo menos pelas que andei), do centro da cidade e no bairro onde estou morando, e que possuem semáforos, possuem tanto para carro quanto para o pedestre. Parece brincadeira, mas aqui não tem essa de ficar olhando para o semáforo específico do motorista para ver se ficou vermelho e poder atravessar a rua. Existe sempre um para o pedestre se orientar. E assim evita que pegue um semáforo de mais de uma fase e pregue uma peça no pedestre. Abriu o semáforo para você naquela rua, pode atravessar que a faixa é sua. Mas uma sugestão, é bom atravessar rápido, pois os tempos para se atravessar a rua é extremamente curto. Isso foi algo que a princípio achei ruim, mas pensando melhor estão certos. A rua não foi feita para fazer desfile andando de qualquer jeito. Objetividade. Atravessar é rápido. Quer passarela, ande na calçada. Deve ser por isso que ainda não vi engarrafamento por aqui. 🙂

Espero que tenham apreciado mais esse texto e reitero que quando as fotos saírem do forno eu as publicarei. Ninguém mais ansioso do que eu para tirá-las, não é não? 😀

Um grande abraço a todos!

Edwagney



A propósito, antes de irem embora, tenho um quiz para vocês.

Alguém seria capaz de deixar esse carro estacionado na rua totalmente aberto e no Brasil?

Não precisam me responder, mas adianto que esse aí ficou estacionado em frente à escola por pelo menos umas 4 horas. 🙂

Narrativa de uma sonho – Parte 1


A contagem regressiva acabou. Agora sim posso dizer… FÉRIAS!!!

Então meus amigos. Conforme prometido estou eu aqui novamente e tentarei passar alguma das coisas que estou vivenciando por aqui. Alguns de vocês já devem ter vindo para essas bandas de cá, mas quem não veio, esse texto pode servir de motivação… E quem já veio, pode relembrar, diante de uma outra visão, o que viveu por aqui.

Hoje falarei sobre a viagem. Tirando a motivação de ser uma viagem internacional, tinha tudo para ser extremamente cansativa, como realmente foi. Saí de São Paulo às 23h. O vôo deu uma atrasada por conta de alguém que creio eu passou mal dentro do avião. Não sei contar ao certo o que houve, mas do nada apareceu uma ambulância na pista e subiram os paramédicos. Bem, se tinha ou não alguém passando mal, resolveram o assunto e levantamos vôo.

Dentro do avião, a preparação para enfrentar as 11 horas de vôo que separam São Paulo de Toronto. Após o avião entrar em rota de cruzeiro começa o serviço de bordo. Aquela comida de sempre de avião. Nunca dá para matar a fome, porém não deixe que ela incomode até você dormir. Dormir… Essa é outra questão. De que jeito. A tal da poltrona não abaixa mais do que alguns graus e dormir tem que ser sentado mesmo, mas fazer o quê. Relaxar e tentar, literalmente dormir. Para ajudar fiquei escolhendo o que eu queria assistir na TV… É… É isso aí. Nesse vôo cada passageiro tinha a sua tela portátil de LCD fixada no encosto de cabeça da poltrona da frente e assim sucessivamente. No “cardápio” havia filmes, seriados de TV, Notícias, Esportes, músicas de diversos artistas e etc. Não deu prá olhar tudo porque o sono tava chegando. Mas deu tempo para assistir ao filme Beowulf. Diga-se de passagem, um excelente filme. Consegui cochilar e acordar pouco antes de servirem o café da manhã e de novo a mesma forma. Sem se satisfazer, porém sem deixar a fome bater forte.

Pousamos em Toronto. Neve prá tudo o que é lado no aeroporto. Do lado de fora, claro. Do lado de dentro tava tão quente que não precisei tirar de casaco. Mas dava prá imaginar o frio do lado de fora. Pois bem. Cheguei com tempo de sobra para a conexão e a passagem pela alfândega. Entrevista com um agente, mais um e mais outro e finalmente estou no saguão aguardando o vôo para Vancouver. Essa brincadeira deve ter demorado umas 3 horas até o avião levantar vôo. Já contabilizei 14 horas de viagem. Avião decola e preparação mental para mais 4 horas aproximadamente até Vancouver. No avião, a mesma estrutura de TV. Já na parte de alimentação, se quisesse comer, só pagando. Oferecido pela companhia só refrigerante, suco e etc. Comprei um sanduíche, que não me lembro o nome, mas deveria para nunca mais pedir novamente e ainda nem indicar a vocês. Mas no vôo de volta pego o nome do danado. A questão era que ele não era ruim, mas tinha uma folha que parecia aquela raiz forte (wasabi), da culinária japonesa. E tinha muito. Pense comer alguma coisa com meia colher dessa raiz? Era mais ou menos isso, mas eu tava com fome, fazer o quê. Mandei prá dentro. O bom é que as narinas ficaram excelentes depois disso. hehehe

Finalmente, chegada a Vancouver. Pego minha bagagem boto num taxi rumo à minha nova casa. Chego caindo de cansaço, sou recepcionado pela família dona da casa que me apresenta o quarto de vos escrevo, as demais dependências da casa, as regras e horários que preciso seguir. Falando assim parece chato e rígido, mas não é. É bem tranqüilo. É como se estivesse em um hotel, porém podendo comer na mesma mesa e conversar diariamente com os donos. Resumindo é mais ou menos isso.

Subi para o quarto, desfiz a mala, após saber que na casa tem acesso wireless (espetáculo) conectei meu micro para falar com a família e fiz questão de não descansar, pois por conta do fuso precisava me acostumar o quanto antes com isso. Aqui são 5 horas a menos que no Brasil. Para ter uma idéia mais precisa, aqui agora são 22h30 e no Brasil 3h30 da manhã. Pouco tempo depois John, o dono da casa, me chamou para dar uma volta pelo bairro, onde me mostraria o local, compraríamos os tickets para o ônibus e onde eu iria pegá-lo para poder chegar à escola. Praticamente um mini tour pelo bairro. Nessa caminhada já deu prá perceber a grande diferença em relação ao Brasil. Uma imensa tranqüilidade e tudo com uma organização só. Todas as ruas sinalizadas e a sinalização sendo respeitada. Isso em pleno domingo com as ruas praticamente desertas.

Voltando para a casa, chegou a hora do jantar. Macarrão ao molho bolognesa… Não preciso dizer que estou em casa, preciso? hehehe
Depois de comer… Descanso, porque além de eu não ser de ferro, estava quase dormindo sentado e dessa vez nem iria reclamar.

19h30 da noite… O Ed foi dormir…

Hoje, fico por aqui também, mas aguardem a próxima narrativa. Contarei um pouco do que foi meu dia no ônibus, na escola e perambulando pelas ruas de Vancouver.

Um grande abraço a todos e espero que tenham curtido tanto quanto eu esse início de viagem.

Edwagney
Ps: Os personagens da foto que ilustra a narrativa de hoje são: John(anfitrião), Penny(cachorro da casa vizinha) e Eu! 😀

Diário de Bordo


Férias chegando … Expectativa aumentando …
Quase tudo pronto. Faltam apenas alguns detalhes que fecharei durante essa semana, e aí, basta apenas aguardar dia de embarque.

Espero conseguir relatar todos os melhores trechos dessa viagem que para mim, será inédita.

Aguardem …

Abraços.

Edwagney

Ho…Ho…Ho…


Meus amigos.

O Natal está chegando. E com ele chegam também muitos presentes. Presentes estes em sua maioria na forma de mensagem de carinho, amor, paz, desejos de saúde e felicidade. Esses são presentes incontestáveis e rebate qualquer outro que recebamos, porém considero um outro presente maior do que tudo isso juntos. Maior, porque engloba todos eles.

O Abraço.

Neste Natal, gostaria de abraçar várias pessoas que estiveram na minha vida e garanto que vocês também gostariam disso. Garanto que gostariam de abraçar aquele velho amigo que não vê a dias, meses, anos e que mora ao lado. Abraçar aquele novo amigo que você vê todos os dias, mas este abraço fica sempre adiado para o dia seguinte. Abraçar aquele conhecido que te ajudou quando o pneu do seu carro furou. Abraçar alguém que já se foi e você não teve a chance de abraçá-lo, ou teve chance, mas devido à correria do dia-a-dia não abraçou.

Não perca mais tempo, abrace, sinta, reflita. Abrace com vontade, com amor, com afeto, com carinho, e você terá uma sensação nunca sentida antes.

Abrace, sorria, converse, cante, seja gentil, perdoe, cumprimente, mude, ouça, sinta, ajude, retribua…

Gostaria de poder falar essas palavras pessoalmente e abraçar a cada um de vocês neste exato momento, mas é algo impossível. Entretanto, ao invés de receber o meu abraço, porque não abraçar quem está ao seu lado agora?

Sentirei que essa mensagem surtiu o efeito desejado se cada um conseguir fazer isso.

Agora.

Sem perder tempo.

Seja conhecido, amigo ou amiga, namorado ou namorada, marido ou esposa, irmão, irmã, pai, mãe, tio, tia, avô, avó, primo, prima.

Se fizerem isso, sentirei que o meu abraço, mesmo que virtual, valeu a pena. Está aí uma corrente que realmente eu gostaria que pegasse, mas por favor, não saiam enviando esse texto para 10 amigos, no outro dia você não terá nenhum milagre. Mas ao invés disso, experimente abraçar todas as pessoas que sugeri. Essa corrente sim, lhe trará milagres e surpresas nunca esperadas antes.

Finalizando, gostaria de compartilhar com vocês uma pequena história que ocorreu há alguns anos. Um encontro entre um certo velhinho e uma certa criança.
Espero que gostem.

Certa noite um velhinho apareceu para uma criança e disse:

– Meu bom menino, hoje é um dia muito especial na vida de todos nós, principalmente na sua, portanto, você tem o direito de pedir aquilo que há de mais precioso para você. Peça e eu providenciarei.

O garoto então, pediu:

– Quero que me traga PAZ, para que eu possa entregá-la ao mundo.
– Quero que me traga SAÚDE, para que eu possa dá-la a quem precisa.
– Quero que me traga COMPREENSÃO, para compreender quando não me compreenderem.
– Quero que me traga COMPAIXÃO, para que eu possa doá-la ao próximo.
– Quero que me traga FELICIDADE, para distribuí-la gratuitamente a quem dela precisar.
– Quero que me traga AMOR, para que eu possa doá-lo a todos que precisarem.

– E o mais importante, traga de volta o Espírito do Natal ao coração das pessoas e faça com que lá permaneça para sempre. Assim, crianças como eu nunca mais terá que vir ao mundo para mostrar o quão grande é o amor que Deus sente por todos nós.

Lembrem-se: Um abraço é mais importante para quem recebe do que para quem oferece.

Que todos vocês tenham um…

Feliz Natal e um 2008 de muita paz, saúde e realizações!

Edwagney Luz

Ordem e … Progresso???

Os senadores brasileiros deram mais uma prova de que não estão nem aí para o povo que os elegeu, me incluo no “povo”, não sou egoísta para me excluir desse conjunto. E até hoje não ví absolutamente nenhum pronunciamento do senador do meu estado em relação ao assunto em questão. Assunto: Renan Calheiros. Ahh, sou goiano e já que ele está lá para defender os meus, seus e nossos direitos, precisa fazer isso e não ficar oculto, como me parece até agora. “Seus”, significa de vocês, não dele, ok? Que fique bem claro isso. É dever dele pensar e agir como o povo agiria se estivesse lá… Opa, legal esse raciocínio. Seguindo essa linha, nas eleições o povo age acreditando nas promessas dos políticos, vota neles sem pensar nos anos seguintes, reclama, mas não age em cobrança efetiva quando alguma decisão fere seus direitos… Ehh, acho melhor não extender esse assunto. Não achei legal mais não. Melhor continuar com o raciocínio inicial. O dos senadores. No geral.

Ontem, o “Excelentíssimo Sr.” Senador Renan Calheiros, olhava para as câmeras com a aparência de quem queria dizer: “Bando de otários, vou renunciar e continuarei metendo a mão no dinheiro de vocês”. Entrende-se por otários = nós brasileiros, não necessariamente nessa mesma ordem. Em sequencia às cenas do pensamento de Renan, a casa começou o que seria um indício de uma possível cassação. Ela disse: “Vou cassar…Óh, tô começando … Já estamos na metade…”. Nesse momento, surge, mais rápido do que um trovão, mais veloz do que um ráio. Não, não é o Superman e muito menos um avião, era o Renan dizendo: “Eu renuncio ao cargo de presidente do senado e larari, larará”. Ooops, a casinha caiu, ou melhor “aplaudiu” dizendo: “Já que é assim, não casso mais, magoei … hummm…”.

Enquanto isso do lado de fora, o povo olha, olha, olha … e só olha.

Renunciando ao posto de presidente do senado, a casa resolveu absolver o meliante que se esconde atrás de uma falsa democracia e ainda debocha de todos os brasileiros sinalizando inocência – “Inocência: substantivo feminino; Qualidade de inocente; Falta de culpa; Candura; Impureza; Simplicidade; Ingenuidade”. Quantas qualidades nosso “amigo” – Oops (“Amigo: Adjetivo. Que é ligado a outrem por laços de amizade; Simpático; Acolhedor; Que ampara ou defente; Protetor”).

(pausa) …

(um pouco mais de pausa) …

Agora acho que posso continuar. O dicionário tem muitas verdades dentro dele né? Engraçado… Será que a editora dos dicionários do senado é diferente da nossa? Bem, mas isso não vem ao caso. Não posso deixar de me desculpar pelo “nosso” na última frase do parágrafo anterior. Continuo meu raciocínio mudando um pouco a frase, se é que me permitem. Ficou assim: Quantas qualidades o amigo dos nossos senadores possui não? Melhor né? Sensacional. Quem me dera ter tantas qualidades assim. O Brasil precisa de gente assim, com essas qualificações. Talvez seja por isso que na cidade dele fizeram aquela algazarra quando foi absolvido daquela primeira acusação, lembram?

Heim? Hã? Monica? Quem? Onde? Playboy? Como? Infidelidade? Hum? Filho? Molusco?

Acho melhor não continuar com isso, senão… É muita recordação prá uma cabeça só, não dá. E chega de perguntas também, isso ativa os neurônios que por sua vez atiça a curiosidade que leva ao raciocínio crítico, e etc, etc, etc. É muito trabalho. Quem sabe em outra oportunidade possamos fazer esse exercício juntos. Pelo que estou percebendo a carruagem ainda vai percorrer um longo caminho e tem assunto de sobra prá mais 4, 8, 12, 16… (anos). Será???
Abraços a todos!
(menos para o senado) e como diria Pepe-legal: no, no, no, no, no se esqueça disso!!!

A escolha é sempre sua …

Olá meus amigos …
Depois de um longo inverno e da triste experiência que passei, tive que me estruturar emocionalmente para voltar novamente ao trabalho, estudos, etc. Enfim, estou aqui graças ao nosso bom Deus, aos amigos e familiares.

Nesse meio tempo, estive procurando algo de interessante para escrever. Mas como diz o ditado, antes só do que mal acompanhado, não queria escrever por escrever. Procurava algo que pudesse ser aproveitado por quem aqui entrasse. Poucos sabem que esse blog existe, mas quero que aqueles que o conhece, curtam o que aqui for escrito. Dentre essa busca excluí todos aqueles que se referem ao governo, pois falar novamente o que todos sabem cansa. Imaginei falar sobre tecnologia, mas isso não é o que todos aqui procuram. Estava difícil, até que …

Dia desses, durante uma das muitas madrugadas em que passo estudando, recebi um e-mail oriundo de um dos fóruns que participo, onde o remetente da mensagem é um jovem que está se formando e está com aquela dúvida que, creio que a grande maioria já teve: “Estou prestes a me formar. E agora?”

Bem, o fato é que, após explanar sobre suas experiências e desejos futuros, postou a seguinte pergunta : “A carreira como testador e posteriormente como Analista de Qualidade possui vantagens (remuneração, equivalente ou superior a um programador/analista Java) e grande disponibilidade de vagas de trabalho no mercado corporativo de hoje?”

Independente se você conhece computação, programação Java, qualidade e teste de software, etc. Troque essas variáveis colocando o questionamento dentro da sua área, profissão, vida. O que responderia?

Quando me deparei com o questionamento, uma das coisas que me chamou a atenção, foi a comprovação de como os cursos estão preparando os novos profissionais para o mercado. Não formam, empurram esse profissional no mercado com pouco conhecimento humano e científico. Quando ingressei na universidade, me deparei com diversas disciplinas que imaginava que seria perca de tempo. Claro, estava entrando numa área que prometia ser a área do futuro, porque ver disciplinas que nada tinham a ver com ela? Buscava conhecimentos em tecnologia e presenciei vários colegas que ingresaram no mesmo período que eu, saíndo e dizendo que não era aquilo o que esperavam de um curso de Ciência da Computação. Ao me formar, percebi o quão eles deveriam ter esperado um pouco mais e que aquelas disciplinas diziam mais do que éramos capaz de captar. Tinha conhecimento humano e científico. Não ensinava a praticidade de tecnologia, mas sim a busca, a pesquisa, o senso crítico, a desafiar o limite da própria inteligência, o conhecimento humano. Conhecimento técnico, qualquer um consegue em curto espaço de tempo, mas humano e científico, esse é um pouco mais complexo.

Aprender a empreender.

Quantos profissionais que saem das universidades, sabem o que isso significa? Me arrisco a dizer que poucos, bem poucos. Empreender não quer dizer que terá que sair da faculdade e abrir uma empresa, não é isso. Empreender a própria carreira profissional é bem mais significativo. Da mesma forma que administramos uma empresa, podemos administrar nossa vida e carreira profissional. Para que uma empresa seja vista no mercado e leve atenção aos seus clientes, precisa antes de tudo ser humana, atender bem o seu cliente, levar o que ele está precisando, atender suas necessidades e mostrar competência naquilo que se propõe a fazer. Precisa estar em constante busca por melhores resultados, pesquisar constantemente novas formas de melhoria de processos, buscar constantemente novos conhecimentos, novos colaboradores e nunca se esquecer dos que a ajudaram a chegar alí (nossos mestres é um exemplo).

Refletindo sobre isso, podemos facilmente responder ao questionamento do nosso amigo e elucidar suas dúvidas. A área de qualidade e teste de software, bem como ser programador de computador, não vai render uma boa remuneração e garantir vagas no mercado corporativo apenas por serem áreas promissoras e estarem com alto status em empresas de tecnologia. O que vai garantir realmente, é a capacidade do profissional que alí está, de se manter nesse mercado, de ser competente, de conseguir gerir a própria carreira, de buscar constantemente a excelência no que faz e de surpreender seu cliente (encare a empresa contratante, como cliente). Como colocar isso em prática e atingir esse nível de excelência? Simples, atualização constante, busca de novos conhecimentos, evolua com a profissão, não se deixe entrar na zona de conforto, seja crítico em relação a seu trabalho sempre buscando sua melhoria e novas formas de melhorá-lo. Dessa forma, as remunerações e vagas em grandes corporações, tão cobiçadas atualmente, serão sempre consequência dessa busca, desse trabalho.

E por último, nunca deixe de fazer o mais importante em todo esse processo. O relacionamento humano. Esse abre muitas portas e as mantem sempre abertas, pois de nada adianta ter conhecimento, ser competente, cuidar muito bem da carreira se não cuidar dos clientes que te dão a vaga e a remuneração desejada. A junção de todos esses fatores é que irá ditar se você será ou não um profissional a ser disputado pelas grandes corporações. Chegar ao topo na carreira é muito fácil, se manter nele é que irá mostrar a diferença para que grandes corporações decidam entre um profissional e outro.

Cuide muito bem da sua carreira, pois nenhuma empresa cuidará dela para você. A escolha é sempre sua.

Essa foi minha resposta … Qual seria a sua?

Comentários são sempre bem vindos. 🙂

Grande abraço e até a próxima!

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