De mãos dadas com o caminho

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Nosso caminho. Nossa jornada. Em sua grande parte estamos acompanhados, mas algumas vezes é e precisa ser solitário.

São nesses momentos que vivenciamos momentos incríveis que nos fazem refletir e buscar o melhor de nós mesmos.

É engraçado como algo comum se torna significativamente relevante após uma simples atitude.

Algumas semanas antes de viajar para Portugal e iniciar meu caminho, havia postado uma imagem com dizeres mais ou menos assim:

Dar as mãos é uma coisa tão íntima né. Impressiona como o beijo ou sexo a gente faz com qualquer pessoa, mas andar de mãos dadas é definitivamente só com uma pessoa especial.

Não conhecemos a dimensão do que significa segurar a mão de alguém. Apenas imaginamos.

Um dos motivos pelos quais me ajudaram a decidir viajar para locais onde a maioria das pessoas não quer ir, locais que costumo chamar de incomuns, está no fato de eu mesmo querer viver e vivenciar esses locais em sua plenitude. Sem visões e leituras de terceiros. É como se alguém me dissesse pra não comer algo porque é ruim. Sim, pode até ser que eu ache realmente ruim, mas se eu ainda não provei, não posso afirmar que seja ruim. Ruim pra quem? Bom pra quem?

Assim é com minhas viagens. Leio livros, blogs, relatos e conheço muitos lugares, mas coma visão de outras pessoas. O problema, ou solução, é que eu quero vivenciar ao meu jeito e modo.

A leitura, TV, são excelentes meios para nos fazer viajar, mas ainda não transmitem algo que para mim é muito importante. O Sentir.

Comer não é simplesmente botar na boca e engolir. É sentir o aroma, os sabores, as texturas. Viajar é a mesma coisa. É vivenciar, sentir a energia do local, sentir os aromas, os sabores, as texturas, poder conhecer as pessoas, as histórias, os anseios e principalmente sentir a nós mesmos como parte integrante desse local e do universo.

Foi em um desses locais, que tive a oportunidade de sentir o poder que dar as mãos a alguém representa de fato.

Eu tinha tido uma manhã tensa. Vinha em meu caminho pensativo. Cabisbaixo.  Vinha caminhando pelo acostamento da rodovia quando percebo pouco à frente um casal. Casal normal, não fosse um detalhe. Suas mãos. Elas estavam juntas. Unidas.

Imediatamente me lembrei do post que mencionei acima. Essa cena me trouxe algumas lembranças recentes da minha vida e que me fizeram esquecer do que havia ocorrido na manhã deste dia.

De tudo o que senti naquele momento, posso descrever com as seguintes palavras:

Dar as mãos simboliza carinho.

Dar as mãos é ter o prazer de poder sentir o outro e vice-versa.

Dar as mãos é ligar diretamente corações.

Dar as mãos é ter mente e alma em plena conexão conosco e com o universo.

E … Caminhar de mãos dadas é escancarar ao mundo um EU TE AMO tão intenso que ultrapassa qualquer limite conhecido entre corpo e alma.

Naquele primeiro momento não consegui parar pra conversar com esse casal, mas felizmente dois dias depois os encontrei novamente e ai sim, os conheci, conversei e pude dizer o que eles me fizeram sentir dois dias atrás.

Lição de tudo isso?

Em qualquer caminho. Em qualquer jornada. Se prestares atenção, conseguirá ver que no mais simples gesto ou imagem, há sempre escondido um pouco da magia e felicidade. Aquilo que diariamente buscamos fora e percebemos que está o tempo todo dentro de nós mesmos. Basta estarmos dispostos e estendermos a mão.

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A esse casal desejo muitas felicidades, muita energia positiva, que tenham uma jornada repleta de conquistas e que estejam sempre juntos em harmonia, lado a lado, de mãos dadas. Eles deixaram um grande sentimento de gratidão por mostrarem através de um simples gesto a confirmação daquilo que já sabemos, mas que precisa ser lembrado todos os dias.

Beijo ou sexo a gente pode fazer com qualquer pessoa, mas andar de mãos dadas é, DEFINITIVAMENTE, com aquela que é realmente especial.

Be Inspired!

Abraços

Edwagney Luz

“Não sei… se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.” Cora Coralina

Era pra ser apenas uma viagem …

Meu fascínio pelo desconhecido dessa vez me trouxe outro grande aprendizado. Talvez o maior deles até aqui. O de que precisamos apenas e simplesmente estarmos dispostos e de coração aberto para que a vida nos surpreenda.

20161112_205343Confesso que durante meu planejamento e preparação, procurei não pensar muito em como seria a viagem em si. Um dos exercícios básicos de controle da ansiedade é pensar no presente e o presente, eram o planejamento e a preparação.

Sinceramente eu imaginava fazer ideia do que encontraria pela frente. Mas nossa imaginação tem uma grande tendência a nos proteger e em não nos dizer a verdade. Talvez seja uma forma inconsciente dela nos ajudar a controlar o medo do desconhecido.

O desconhecido sempre me fascinou. Sempre me gerou curiosidade. Foi isso inclusive que me fez, em 2006, parar de esperar o momento certo para começar a viajar. Parar de esperar encontrar alguém para compartilhar das minhas as viagens. Até então feitas somente dentro da minha cabeça.

Descobri então que não precisamos aguardar alguém para realizarmos nossos sonhos. Basta acreditar e ir busca-lo. Apenas isso. Que ele vai se realizar.

Pode não ser da forma como idealizamos. Mas se acreditamos, ele se realiza.

No momento certo. Na hora certa. E com as pessoas certas.

Pessoas escolhidas a dedo para estarem ao seu lado nesse exato momento. Sorrindo. Chorando. Caminhando. Correndo. Sofrendo. Admirando. Compartilhando lado a lado com você todos os sentimentos e emoções.

É nesse momento que percebemos que aquilo que idealizamos, pode e será algo muito maior e mais gratificante do que havíamos imaginado.

Cada peça se encaixa. É como em um quebra-cabeças. Histórias que se cruzam formando conexões tão bem estruturadas que parece ter saído de um roteiro pré-concebido.

Estava escrito. Era pra ser. Daquele jeito. Com aquelas pessoas.

Se você acredita nisso ou não, pouco importa. Nunca saberemos ao certo se esta escrito mesmo ou não. Afinal, o legal da vida é justamente a dúvida da surpresa!

Podem não haver outros momentos juntos. Podemos nunca mais nos encontrarmos. Mas dentro do coração existe aquele sentimento de que valeu muito a pena viver tudo isso. Com essas pessoas.

Meu fascínio pelo desconhecido dessa vez me trouxe outro grande aprendizado. Talvez o maior deles até aqui. O de que precisamos apenas e simplesmente estarmos dispostos e de coração aberto para que a vida nos surpreenda. Somente estando com esse estado de espírito, é que conseguiremos perceber todos os presentes que a vida nos apresenta diariamente em forma de momentos e pessoas. Pessoas que fazem esses momentos únicos.

Talvez tenha sido essa a mensagem subliminar que tentaram nos passar no “Briefing” antes de iniciarmos a expedição, quando disseram que ela muda a vida das pessoas. E que o local pra onde iríamos mudaria nossas vidas.

Percebi que não é o local que tem o poder de mudar a vida das pessoas. As próprias pessoas tem esse poder. O local, apenas te dá a oportunidade de conhecer esse poder. Seu uso, é facultativo!

Monte Roraima – Circuito Mágico Macunaíma. Nome sugestivo para um passeio incrível e repleto de emoção, companheirismo e magia.

Edwagney Luz

(*) Texto dedicado aos amigos que participaram dessa expedição. Cada um de vocês, sem exceção, fizeram e ainda fazem a diferença em minha vida!

Meu muito obrigado!!!

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(*)Monte Roraima Outubro/2016

Quase lá…

Uma semana… É o tempo que ainda me resta aqui no Canadá. Valeu a pena esses 6 meses longe do Brasil, os estudos e todo esse aprendizado?

Posso com toda certeza responder que SIM. Valeu e muito a pena. Primeiro pelo fato de entender que temos um limite e precisamos respeitá-lo. Estudar um outro idioma não é apenas sentar em uma sala de aula, passar dias e dias estudando que vai fazer com que consigamos entender e falar tudo. Ledo engano. É preciso viver, respirar isso o tempo todo. Ir pra rua, ouvir e conversar. Confesso que fiquei um tanto quanto frustrado no início, mas hoje vejo que estava exigindo muito. Não precisava tanto, mas, quem me conhece um pouco mais sabe que sou uma pessoa detalhista e critica ao extremo. E isso se reflete ao dobro quando o foco sou EU.

Volto ao Brasil com a sensação de que precisava de mais tempo, mas por outro lado penso que esse tempo seria toda uma vida para chegar no ponto ideal. E não é o meu objetivo. Existe um momento em que precisamos parar o detalhe e começar a viver o que aprendemos. Não dá pra aprender o tempo todo. Desde que cheguei, pude ver claramente minha evolução, principalmente em entender o que as pessoas falam no dia-a-dia. É claro que as vezes não entendo uma vírgula de uma determinada pessoa, mas outras é claro e límpido como musica clássica… A percepção de que o cérebro está assimilando é diária. Inclusive nos sonhos. Imaginava que meus amigos brincavam comigo dizendo que, quando sonhasse em inglês eu já estaria em um nível muito bom. O pior é que isso aconteceu. Dia desses, ou melhor, madrugada dessas me pego sonhando em inglês e o pior de tudo, entendendo. 🙂

Volto também com a sensação de que o receio que tinha do idioma antes de passar por essa experiência, definitivamente foi sepultado. Já era. Isso não quer dizer que sou fluente. Claro que não, longe disso, mas certamente minha comunicação melhorou consideravelmente em termos de melhor estruturação das frases, a chave seletora de canais já muda no automático e por aí vai. Entendo e me faço entender. Acho que meu objetivo FOI alcançado. Continuidade agora é a palavra, ou caso contrário perco todo o investimento que fiz nessa área.

Entretanto o idioma foi apenas 20% de tudo o que aprendi aqui. Para quem se assustou com esse percentual, digo que forcei um pouco a barra, pois se fosse um pouco mais rigoroso, reduziria pouco mais.

Abrindo de vez o jogo, meu PRINCIPAL objetivo com esse projeto, foi adquirir experiência de vida em outro país imerso em outro idioma, em outra cultura, em outro contexto. O idioma foi apenas uma variável, ou como alguns costumam chamar, uma desculpa para botar à frente do projeto e direcionar o foco para ele, mas na verdade, por trás disso tudo o objetivo era outro.

Um dia, quem sabe, conseguirei escrever transformar em palavras e botar aqui tudo o que aprendi nesse período. Como isso afetou minha vida pessoal e profissional. Como afetou minha forma de pensar e agir. Como afetou meus planejamentos para o futuro. Como afetou minha visão em relação ao que dizem ser países de primeiro e terceiro mundo. Como me afetou culturalmente. Enfim, é assunto para várias tardes de bate-papo que certamente terei o imenso prazer de estar com vocês e compartilhar tudo isso.

Um grande abraço!

A “moça” e a refeição matinal…

DSCN7930 Estava hoje, conversando com uma grande amiga minha Cristiana Cabreira, através do Skype, e ela me disse que escrevo bem e deveria pensar em seguir essa, digamos “veia” artistica. Pretensão talvez? Sei lá, mas acebei entendendo isso como um desafio e fui em busca de algo que pudesse ser interessante escrever. Se não fosse interessante, não perderia o meu tempo, correto? 😉

Pois bem. É sabido de todos que estou passando umas “férias” aqui no Canadá. “Férias” estas que estão se acabando, diga-se de passagem. Sol, sombra e água fresca, ou melhor de vez enquando sol, sobra em excesso e neve fresquinha todos os dias. Minha rotina aqui é essa. Parece tranquila né? mas as vezes é penoso ter que levantar pra ir estudar todos os dias de manhã. Frio de cortar osso. Aqui é uma terra que não precisa de mamãe pra lembrar a gente de levar casaco não. Ele já vem embutido no corpo. É a primeira coisa que queremos quando saímos de baixo do edredon.

Todos os dias a mesma rotina, saio da cama, boto a meia no pé, pego minha roupa, vou pro banheiro (…), saio do banheiro, pego minha mochila, passo sebo nas canelas e simbora pra aula. Todos os dias no mesmo horário. Chego na parada de ônibus e fico lá aguardando o dito cujo passar. Nesse meio tempo, as pessoas vão se aglomerando. Tem dias que não sei o que ocorre, mas todas elas resolvem sair no mesmo horário. Parece São Paulo. É sério, tem dias que em São Paulo os motoristas saem de casa com a idéia fixa de zoar o trânsito. Só assim pra justificar os dias que tudo flui fazendo a gente a acreditar que a CET acertou a mão e contratou REAIS Engenheiros de Tráfego.

Mas tudo bem. Melhor ter ônibus cheio do que ficar parado no trânsito. E por falar nisso, dia desses quase fui linchado virtualmente no Twitter porque reclamei que tinha chegado em casa 15 minutos além do meu horário normal. Pôxa, não tenho mais o direito de reclamar não? Tava boladaço mesmo. Onde já se viu? Saio da escola com a idéia fixa de chegar em casa num horário e chego 15 minutos atrasado. Inacreditável!!! (tô achando sinceramente que VOU ter problemas quando voltar pro Brasil)

Nessa rotina diária, presencio algumas coisas interessantes e alguns personagens únicos. Tem uma “moça” que aparenta ter uns 50 anos de idade que entra no ônibus e acha que lá dentro é a sucursal de sua casa. A primeira vez achei que fosse a correria do dia-a-dia, mas depois percebi que a dita cuja é folgada mesmo. Correria aqui? No Canadá? Fala sério né? (eu ainda estava com pensamento de São Paulo, Brasil) Perceberam a analogia né? Então…

Essa “moça”, todo santo dia entra no ônibus com umas “cartorze” bolsas, mochilas e sacolas. Nem sei como consegue, mas enfim, entra ela rindo pra tudo que é canto parecendo que lá dentro é tuuudo conhecido. Não sendo no chão, ela senta (em qualquer canto… MESMO). Não sei como, mas sempre acha um espaço vago. Tá apertado, mas ela vai lá, dá-se um jeito e senta. Tipo: “Tô pagando. Chega pra lá que um pedaço da janelinha também é meu.”

Já sentadinha, como se já não fosse transtorno suficiente, abre uma das sacolas(sabe aquelas lancheiras de escola primária? É bem parecido) e faz um tremendo banquete (DENTRO DO ÔNIBUS). Pô, café da manhã em casa ou numa lanchonete é mais prazeroso e não incomoda TANTO os outros. Mas com ela não. É lá dentro mesmo e daí? Só não tem o café, mas fruta, iogurte e cereal… (TEM). Imagine o que vira quando ela resolve abrir o saco de cereal? Pega aquilo com a mão e leva à boca? Nessa hora o ônibus dá aquela chacoalhada e aquilo avança o sinal em cima de quem estiver perto… Que beleza, chegar no destino já com a preocupação de não virar comida de pombo!!!

O pior de tudo, que em tempos de H1N1, a “moça” segura em tudo que é cano DO ÔNIBUS e depois faz sua refeição matinal (com a mesma mão). O mais engraçado é que um dia, estava eu sentado no banco de trás do dela e ao meu lado sentou-se uma senhora que tossiu. Ela, óbviamente tapou a boca para tossie, mas para a “moça” da frente, isso foi como se enfiasse uma agulha nela. Se virou e começou a falar alguma coisa que não entendi (tô aprendendo Inglês e não Francês, que fique claro isso), mas certamente algo do tipo: Tá tossindo perto de mim e vai me passar alguma doença. Fiquei pensando, segura em tudo que é cano do ônibus, pega na comida com a mesma mão, come e acha ruim que a outra tussa pertoi dela… Beleza de novo!!! Incoerência total, mas vou exigir coerência diante de tal folga? Em Francês? Tá pedindo demais não tá não bonecão?

Mas… Comigo na parada seeeeempre tem um mas. O pior é que sempre pro meu lado. Em uma bela manhã de sol(lembrei do Joseph Climber), estou eu sentado, quieto quando olho pra frente e vejo a “moça”, abaixei a cabeça pra voltar a cochilar mais um pouco quando olho ao meu lado e? ESTAAAAAaaaava vago… Era tarde… A moça não pensou duas vezes e sentou-se ao lado… Acho que ela estava esperando aquele momento, pois ao meu lado ela ainda não tinha sentado. Não digo o mesmo dos outros passageiros. Todos eles me olhavam como se quisessem dizer: “Vai mané, achou que ia se safar né? Hoje é sua vez… Aeeeeeee…” Que sacrilégio havia eu cometido, pensei. Olhava no relógio, faltavam ainda 15 minutos pra chegar no destino da “moça” e eu alí sem poder fazer absolutamente NADA. Só aguardar o banquete… (a qualquer momento)

Mas, acho que o sacrilégio não tinha sido tão grande assim. Naquele dia ela sentou, ficou rindo pra mim e para os outros passageiros, mas como não falo nada de Francês(graças ao meu BOM, FIEL e AMIGO DEUS), nenhum diálogo foi deferido. Mas confesso que foram os 15 minutos mais traumáticos da minha vida. Porque? E o medo dos cereais voadores? Vai que ela inventa de comer e desandar a falar? OLHANDO PRA MIM? Vai que ela inventa de abrir o pote de yogurte na hora em que o “autobus” fizer uma curva? (comigo do lado) Vai saber? Eu só sei que meu sono sumiu…Desapareceu… Tô até hoje procurando o dito cujo e nada de achar. Outros vieram, mas aquele, nunca mais ví… 😦

Depois dessa saga, desse trauma… minha estratégia é a seguinte, só sento em local de único assento ou que já tenha alguém sentado do lado. É aquilo, se não tenho como eliminar o risco, tenho como mitigá-lo. Nessas horas é que vejo o quanto valeu a pena estudar gerenciamento de projetos… 😀

Até a próxima!!!

Nem tudo é o que parece…

DSCN6702 Engraçado, mas pode ficar parecendo que tirei o dia pra escrever o que tenho visto de ruim por aqui. Não é isso, são as circunstâncias dos fatos.

Agora, por exemplo, acabei de ver uma reportagem do Brasil onde toneladas de peixes morreram na Lagoa Rodrigo de Feitas. A indignação não veio por conta disso, pois isso, infelizmente estamos acostumados a ver diariamente em nossas cidades. A indignação veio quando lí que a culpada pelo desastre ecológico é a própria natureza.

Muito interessante isso… A gente vem, destruímos a natureza e daí a culpada é ela por toda a destruição. Seria cômico, se não fosse trágico. Isso é o mesmo que hospedarmos alguém em nossa casa, esse alguém entra no nosso quintal, mata todas as plantas e animais e depois diz que os próprietários são os culpados por ter deixado la as ferramentas usadas na matança. Legal esse raciocínio… Eu gostei!!!

Viajando alguns milhares de quilômetros de distância, chegamos ao Canadá, especificamente em Ottawa. A imagem que eu tinha de quando vim pela primeira vez no país foi da cidade de Vancouver… Cidade exemplar, limpeza impecável. Foi só mudar de lado que percebi o contraste. Andando pelas ruas de Ottawa é uma sujeira só. Latas, copos, papéis e plásticos por tudo que é lado. Isso misturado ao gelo é algo surreal. Acho que nem mesmo em São Paulo já ví tanta sujeira, e olhe que nossa cidade é muito, mas muito suja. Quando chove então…

Fui para Montreal e Toronto, porém fiquei pouco tempo por lá e não pude ter uma idéia mais consistente sobre o assunto. Mas nos locais onde passei, tanto em Montreal, quanto Toronto, me pareceram mais limpas.

A população daqui e muitos dos imigrantes de países como Arábia Saudita, Korea e Índia, fumam EXAGERAMENTE muito. Cheguei a comentar no Twitter que médicos Oncologistas especializados em Pulmão, vão se dar muito bem por aqui. A cada 10 pessoas que vejo nas ruas, pelo menos umas 7 estão com cigarro nas mãos.

E a sugeira que provocam? Depois que chupam toda aquela fumaça cheia de substâncias cancerígenas, jogam o resto do cigarro no chão. Até aqui parece ser algo que TODO mundo faz, inclusive no Brasil. Mas sinceramente eu nunca ví no Brasil, algo parecido com isso… é resto de cigarro pra tudo que é lado. Uma verdadeira porcaria! Diga-se de passagem…

Voltando então ao assunto: A culpada é a natureza. Dia desses estava conversando com uma amiga do curso de Inglês e ela me disse que havia lido que o Canadá é um país tido como exemplo, pois levantou a questão do aquecimento global (no meu ponto de vista assunto contestável), é um país que tem consciência ecológica e com leis que regulam isso, preocupa-se com o meio ambiente e por aí vai.

Mas daí eu questionei: E a população? A que é dona do quintal? Também está realmente engajada com essas questões? Será que eles estão fazendo sua parte? Se acham estão, me desculpem, pois não é o que vejo nas ruas. Será preciso ensinar, e isso deve ser feito no mundo todo, que, Consciência Ecológica, meus amigos, vai além, muito além de simplesmente separar o que é orgânico do reciclável!

Um grande abraço a todos!

Um lado que ninguém conta…

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Especialmente hoje gostaria de dar uma pausa nos meus textos contanto sobre a viagem, pois duas coisas me chamaram atenção aqui em Ottawa. Infelizmente essas duas coisas acabam remetendo ao Futuro desse país!

A umas 2 semanas atrás, estava aguardando uma amiga dentro de um shopping, portanto um local público. Estava parado no hall de entrada e adentra no shopping um casal de namorados e quando estão bem na minha frente, um rapaz com pouco mais de 20 anos vai na direção dos dois e do nada lança um chute na perna do rapaz. Assim como eu o casal ficou sem entender e quem chutou começou a gritar como se ele fosse a vítima e buscasse uma explicação… Após essa cena ele saiu andando em direção à saída como se nada tivesse acontecido. Inacreditável isso!!!

Quando minha amiga chegou, comentei o fato com ela, que me descreveu exatamente o mesmo rapaz dando chutes nas latas de lixo do lado de fora.

Pergunta: O cara é maluco? Drogado? Ou o que? Bebado não estava, era nítido!!!

Já hoje, estava perto do mesmo shopping, porém do lado de fora, quando um rapaz começa a espancar outro a poucos metros de distância. Fiquei olhando aquilo sem entender o que se passava. Tudo começou do nada. O cara já no chão e o outro dando chutes. Simplesmente parou, virou e saiu andando e entrou em uma loja em frente.

Óbviamente a polícia foi chamada, que chamou a ambulância e etc. Mas o cara que espancou, desapareceu. E de novo, aparentava não ter mais do que 25 anos de idade.

Antes eu já observava a juventude daqui… Totalmente transviada e fora dos padrões que conhecemos dentro de nossas famílias. No Brasil, vemos isso diariamente, mas aqui me assustou a quantidade, considerando um país tido como primeiro mundo e com uma das melhores qualidades de vida do mundo.

Tentei pesquisar na internet se existia algum estudo sobre isso, mas infelizmente não consegui encontrar nada. Pelo jeito ninguém está muito preocupado com isso, o que é de se estranhar, pois a coisa é nítida nas ruas para quem quiser ver. Em Toronto não ví muito isso, mas também fiquei pouco tempo lá, mas aqui em Ottawa é algo realmente assustador.

TODOS os jovens que ví nesse local hoje fumavam… TODOS… Inacreditável! Imaginei só ver isso nos filmes, mas não. Aquilo era real. Sinceramente deu medo, pois serão justamente essas pessoas que terão que tomar conta desse país no futuro. Será que vão conseguir? Ou melhor, será que vão sobreviver para tal?

Um último fato que acabei de me lembrar, é que onde moro é um lugar bastante pacato. Porém tínhamos a até poucos dias um casal que moravam no apartamento de baixo, de no máximo 24 anos de idade, com um filho de um ano e poucos meses de vida e um cachorro. Não tinha um dia sequer que não ouvíamos gritos com a criança, gritos e sons de espancamento do cachorro e etc. Minha amiga chegou a ligar para a polícia, mas precisávamos de provas concretas e fica meio complicado isso. Enfim, não tínhamos como fazer nada!

Vejo algumas falhas nos programas do governo aqui e no meu ponto de vista isso prejudica e muito a população. Esse casal, por exemplo, não trabalhavam. Certamente viviam com a ajuda do governo, pois ter filhos aqui no Canadá parece ser um negócio bastante “lucrativo”. Mas enfim, não quero entrar nesse mérito. Minha intenção é mostrar para vocês uma preocupação e um alerta. Como será que esse país estará daqui 20, 30 anos?

Espero estar vivo para ver, mas torço para que não esteja da forma como projeto. Entretanto tenho bastante receio diante do que estou vendo aqui nesses últimos meses.

Abraços!

Sightseeing – Part II (Rideau Canal)

Tinha que ser na véspera de Carnaval pra aparecer???

Bem, entrei nas últimas semanas desse meu projeto de vida. Morar alguns meses fora do meu país. E dando continuidade aos passeios e relatos, hoje irei comentar sobre o Canal Rideau.

DSCN6174Este canal começou a ser construído em 1812 com fins militares com a intenção de promover um abastecimento seguro e uma rota de comunicação entre Montreal e a base naval britânica em Kingston, privíncia de Ontário. O trajeto desse canal parte a oeste de de Montreal, seguindo ao longo do Rio Ottawa até Byton (hoje cidade de Ottawa) e então a sudeste do canal de Kingston saíndo no lago Ontário. Essa construção foi concluída em 1832 a um custo total de £822,000. (fonte wikipedia)

Após esse breve histórico desse canal, hoje ele é usado apenas com finalidades turísticas. No verão diversas embarcações oferecem passaeios turísticos por Ottawa e algumas oferecem viagens entre Ottawa e Kingston.

A foto acima tirei quando acabei de chegar am Ottawa. Ainda era outono e as águas não estavam congeladas. Porém a temporada de passeios aquáticos já estava encerrada, pois o frio já mostrava sinal de vida. Mas dá pra se ter uma noção de como fica antes da chegada do gelo.

Por falar nisso, quando realmente chega o inverno esse cenário muda. O canal começa o processo de congelamento e toda a cidade aguarda a abertura para que a população adentrem com seus patins e comecem a aproveitar desse belo cenário. Confesso a vocês que a primeira vez a gente fica com um pouco de receio, afinal isso é um “rio”, que condensou. Mas enfim, depois da primeira vez e algumas quedas, a gente pega o jeitão da coisa e daí para frente é só diversão.

Infelizmente patinar aqui não é como em uma arena, onde o gelo é liso. Aqui precisa-se tomar um pouco mais de cuidado, pois qualquer deslise, a queda é inevitável. Nessas horas agradeço por ter sido uma pessoa que sempre gostou de esportes e quedas sempre fez parte do meu curriculo. Isso ajuda pra caramba quando se está sobre duas laminas de aço e em baixo um imenso e escorregadio bloco de gelo. Saber cair nessas circunstâncias, ajuda bastante no sucesso do aprendizado. 😀

DSCN7023 A propósito, pareço estar triste aqui??? Um pouco de frio talvez, mas tristeza, jamais… Aliás, criança gosta de tudo que é perigoso e ainda acha graça… hehehe 🙂

Hoje mesmo acabo de chegar desse imenso bloco de gelo que percorre a cidade de Ottawa. Essa foto, por exemplo, acabou de sair do forno, ou melhor, do frigorífico e foi direto para o blog.

Finalizo mais esse post, com mais duas imagens desse belo cenário da cidade de Ottawa.

A primeira uma fotografia registrada de dentro do canal.

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E a segunda registra a mesma posição que a foto postada no início desde blog. Quanta diferença… 🙂

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Espero que tenham curtido mais esse post, e prometo que em breve volto com mais um pouco sobre essa minha viagem, comentando um pouco do Winterlude (festival de inverno do Canadá).

Um grande abraço!

Ed!!!

Sightseeing – Part I (ByWard Market)

Depois de um longo tempo sem escrever, cá estou novamente…

Hoje quero começar uma série de Posts falando sobre os locais que andei visitando em Ottawa. Pois é, não consegui ainda viajar para conhecer outros locais, mas de acordo com meu planejamento, devo fazer isso esse ano e portanto, aguardem cenas dos próximos capítulos. 🙂

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Quero falar sobre um local que visitei dois dias antes do Natal. é um dos diversos pontos turísticos de Ottawa e se chama “ByWard Market”. É um antigo e grande mercado popular do Canadá que começou em 1826 e margeia o famoso Canal Rideau, que no inverno torna-se um imenso ringe de patinação natural. Se não me engano, o maior do mundo, mas isso é assunto de outro post. Hoje esse centro comercial é um dos primeiros destinos de turistas que chegam a Ottawa e segundo informações do website oficial, ele recebe em média 50 mil visitantes semanalmente.

Quando cheguei ao local, primeiro que em nada se parecia com um mercado. Fiquei procurando um letreiro ou algo que indicasse: você chegou ou você está no “ByWard Market”. Nada. Mas continuei andando para tentar identificar melhor o que seria esse mercado, até que achei um letreiro que dizia: “ByWard Market Park” (Estacionamento do ByWard Market). Mas… Cadê o tal mercado… Nada. Só tinha carro e nada de porta. Foi aí que me toquei. Já estava dentro dele a tempos e não havia me tocado disso ainda.

Quando se anda pelas ruas, se não andar pensando em achar um mercado, certamente você rapidamente ira notar a diferença. O local é um imenso conjunto de quadras comerciais com lojas de souvenirs, roupas, mercearias, pubs, restaurantes, livaria, shopping center, loja de serviços diversos, além de algumas barracas instaladas nas calçadas onde vendem souvenirs, roupas e etc. Mas aviso logo que não é a bagunça que encontramos em um “Saara” ou “25 de março”, por exemplo. Pude comprovar, pois estive lá a 2 dias do Natal e andava nas ruas tranquilamente e sem empurra-empurra, como podem ver pelas fotos deste post.

Sim. Tirei as fotos nesse dia mesmo, não voltei lá dias depois ou fui antes da data mencionada para registrar. 🙂

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Tentei achar um local parecido que eu já conhecesse e confesso não encontrei. Entretanto, andando pelas ruas, me lembrei de quando andei pelas ruas do Capivari em Campos do Jordão, só que bem, bem, bem maior… Mas de novo gente, foi lembrança, não usem como comparação porque não dá… hehehe

Me disseram que no verão, os bares e restaurantes colocam mesas nas calçadas e a população, obviamente se diverte, pois no inverno, ficar do lado de fora a -15° seja durante o dia ou a noite, é algo meio insano.

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Quase terminando meu passeio, passando por uma de suas ruas, me deparo com uma unidade do mundialmente conhecido “Hard Rock Cafe”. Nesse dia não entrei, mas pretendo ir qualquer dia… 🙂

Esse foi então o primeiro post da série “Por Ottawa” que pretendo seguir contando sobre os pontos que andei visitando por aqui. Espero que tenham gostado e no próximo quero falar um pouco sobre o Canal Rideau.

Um grande abraço e até o próximo post!!!

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Chegou!!!

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O antes…

Agora não tem mais volta… Bem, pelo menos não até Março/Abril do próximo ano. A neve chegou e chegou em grande estilo. É claro que digo isso por ser a primeira vez que vejo isso. Não é a primeira vez que vejo a neve, mas é a primeira vez que vejo uma mudança tão drástica na paisagem de uma cidade, da noite para o dia. Literalmente.

Num dia acordo pela manhã e quando olho pela janela me deparo com a neve, caíndo lentamente. O chão todo branco e as árvores ainda mantendo o aspecto de final de outono. Cinza, sem nada de neve descansando sobre seus galhos.

Nesse mesmo dia abre o sol e derrete quase toda a neve que caiu na noite anterior. Mas no noticiário o alerta: “Winter Storm”. Até então não sabia ao certo o que isso significaria, mas enfim, viver um dia de cada vez.

Na noite seguinte a neve começou a cair proveniente dessa tempestade de inverno. Acordo, olho para fora e penso: “Agora sim, chegou!!!” Muita neve e vento, muito vento.

Saio de casa, vou para a parade de ônibus e até então tudo tranquilo. Muita neve, mas nada que atrapalhe caminhar. Eu estava maravilhado com isso. Pra quem já pegou diversas tempestades de água no Brasil, essa aqui foi brincadeira de criança. A diferença é que a de água, demora alguns minutos ou horas e tudo volta ao normal. Tudo seco. Já a de neve não.

Percebi quando retornei para casa. Não dava mais para distinguir onde estava pisando, se no asfalto, calçada ou grama. Era um mar de gelo para tudo que é lado. Um cenário que eu nunca havia visto. Ver a neve em uma estação de esqui é uma coisa, conviver com ela em uma cidade é outra completamente diferente.

No dia seguinte, após a prefeitura ter limpado, ou melhor, tirado a neve do asfalto e jogado nas calçadas, o asfalto voltou ao normal, porém as calçadas… Só mesmo uma parte para que pudéssemos trafegar e os demais espaços, só gelo e mais gelo. O ponto de ônibus, cheguei a assustar quando vi. Neve em pelo menos um terço dele. Era muita coisa. Fiquei impressionado. E depois me disseram que isso foi apenas 15 a 20cm. e que ainda há muito o que cair.

O jeito agora é esperar pra ver e aprender a conviver com isso até Abril/2010, quando retorno ao meu país.

…e o depois!!!

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Abraços e até a próxima!!!

Conhecendo outra realidade… um pouco mais distante!!!

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Hoje vou escrever sobre uma conversa que tive com uma de minhas colegas de classe. Ela é um a Venezuelana e na quinta-feira última combinamos com outra colega de irmos visitar o “The National Gallery of Canada Museum” aqui em Ottawa.

Nossa outra colega ainda estava em sua última aula e enquando a aguardávamos na sala de convivência da escola, começamos a conversar sobre os motivos pelos quais viemos parar aqui. E como faltam poucos dias para terminar a estada dela aqui no Canadá, perguntei quais os planos futuros. Ela respondeu que voltaria para a Venezuela, pois estava com muitas saudades da família, porém depois voltaria novamente ao Canadá… Possívelmente para morar.

Continuamos a conversa e ela me revelou algumas coisas sobre seu país. Uma delas é que a grande maioria de jovens, buscam sair de lá. Os país incentivam os filhos a não permanecerem lá, incentivam a buscar oportunidades fora. Porque disso? O sobrenome Chaves revela algo muito sombrio para eles. Não vou descrever aqui toda nossa conversa, pois foi um tanto quanto longa, mas fiquei impressionado com a destruição moral e psicológica que aquele presidente está causando ao país. Vemos isso pela TV, pelos noticiários, mas ouvi relatos de quem vive lá. É algo inacreditável.

Resolvi compratilhar isso com vocês, para que possamos parar um instante, analisar e começar a refletir um pouco mais sobre o que anda ocorrendo no mundo de hoje. Segue um breve trecho da quantidade de coisas que ela me disse:

Ed, o cara é bipolar. Uma hora quer e faz uma coisa e na outra desfaz tudo o que havia dito que era correto. Não dá para confiar e ele no poder, está conseguindo fazer com que a população o siga. A gente vê isso e não consegue fazer nada. Nós, os mais jovens e mais esclarecidos não temos força no país. Um grupo de estudantes fez uma manifestação ficando quase duas semanas sem comer na praça. Para Chaves, não cheiou e nem fedeu.

Confesso que não conheço a fundo a história de Cuba, mas ao que me consta a Venezuela acaba virando uma cuba Latino-Americana. Alguém vitalício no poder e a população padecendo em baixo. É inacreditável como vivemos em um mundo de contrastes tão próximos e nem nos damos conta. Venezuela está ao nosso lado. País de fronteira. Incrível. Não seria uma ameaça à democracia na america latina?

Lembro-me de uma amiga que foi para lá e voltou me contando o quão bonito é o país. Mas pelos relatos que tive aqui o país está padecendo a cada dia. E se continuar assim, em um determinado momento a população vai se extinguir. Parece meio ficção da minha parte falar isso, mas vendo no rosto de uma pessoa o contraste causado pela saudade de casa e dos familiares, e a vontade de construir uma vida melhor em outro país, fica claro que não é obra da ficção. Isso pode acontecer.

Ela também me ralatou que a criminalidade toma conta a cada dia e que tem medo de sair de casa em determinados horários e não indica que ninguém faça isso. Perguntei o horário e ela disse que a partir das 17h. Disse que a coisa fica complicada a cada dia e que ninguém faz nada.

Tudo bem que no Brasil temos isso e coisas muito piores, mas pelo menos podemos ir e vir. Escolher morar nesse país, onde mesmo com todas as dificuldades ainda temos esperança. Pois do outro lado da fronteira, as pessoas já perderam ou estão prestes a perder o resto que sobrou.

Me pergunto o motivo que isso ocorre? Porque pessoas querem a todo o custo poder e o controle, se a história já provou por A+B que isso é um ciclo. Uma hora cai e a queda é brutal. Não seria mais equalizar a coisa? Fazer ajustes ao invés de querer tudo para sí? Não estou pregando aqui o comunismo, pois acho esse modelo extremamente ultrapassado e a coisa não funciona por aí. Não é a distribuição de renda igualitária que vai resolver nossos problemas, mas sim a distribuição das mesmas oportunidades à população. É o respeito pelo próximo, pelo ser humano e não o respeito por um status ou por alguém que tem poder.

Tenham todos um excelente final de semana!!!

Abraços!!!