Um pouco mais de cultura!

Perguntas e comentários não param de chegar, e vocês imaginam o bem que isso faz quando se está sozinho, longe de casa, da família e dos amigos. Principalmente quando seu próprio aniversário está batendo à porta. Mas, escolhas são escolhas e a decisão foi minha. Adianto que não me arrependo em hipótese alguma, e faria novamente, tenham certeza disso. Ainda mais depois da quantidade de recados que tenho recebido. 😀

Pois bem… Vamos ao que realmente interessa.

É mais do que óbvio que estou me deparando com uma série de coisas inéditas em relação à cultura local. Primeiro que as casas aqui possuem um estilo europeu e não deve ser atoa que aqui se chama Vancouver BC (British Columbia), ou seja, uma cidade da província canadense de Columbia Britânica. É uma cidade com população que gira em torno de 550 mil habitantes e fica localizada na costa do Oceano Pacífico. A grande maioria das casas são de madeira, para não dizer todas, pois até agora não vi nenhuma que seja de alvenaria. Isso pelo fato do frio que faz aqui, conforme mencionei no texto anterior. Em geral essas casas não possuem muros ou as que possuem, os tem, porém baixos e com cerca viva. Portão nas casas é algo que raramente vejo e os carros ficam nas garagens totalmente abertas. As casas, geralmente são identificadas pelo número e pelo nome da família que ali mora. Um exemplo é onde estou e possui as seguintes informações: Número, nome da família (no caso “The Carrs”) e ainda se na casa animais de estimação são ou não bem vindos. É isso mesmo, tem um adesivo na porta dizendo: “Sim, gostamos de animais de estimação. Eles aqui são bem vindos!”.

No interior das casas, são totalmente carpetadas e isso faz com que o frio fique isolado do lado de fora. Lixo, somente para produtos recicláveis como papel, plástico e etc. Lixo orgânico é jogado na pia da cozinha, onde abaixo do ralo possui uma espécie de triturador que destrói tudo o que passa.

Outra coisa que me chamou a atenção no meu primeiro dia aqui. Estava cansado da viagem e quando entrei em casa, me perguntaram se estava com fome, sede ou se queria alguma coisa. Disse que queria um pouco de água e já de cara comecei a tentar achar o filtro. Cadê o filtro? Mostraram-me onde ficam os copos e me apontaram para a torneira. Isso mesmo, torneira. Como marinheiro de primeira viagem e como a sede tava grande, peguei copo e bebi água da torneira mesmo. Achei aquilo estranho, mas, bebi. E detalhe, água gelada. Também pudera, do lado de fora estava fazendo 0 grau. Abrindo um parêntesis, todas as torneiras possuem dois estágios, um de água quente e outro para água fria.

Pois bem. Passado o primeiro dia, lá estou eu na escola e começam a fazer as apresentações da estrutura da escola, regras, instalações e etc. Em um determinado momento, a diretora da escola virou e disse: “Se quiserem água, podem pegar da torneira. É estranho para muitos aqui, eu sei, mas a água que sai da torneira é filtrada.”. Entenderam porque não tem filtro? E detalhe, aquele gosto de cloro (e outras coisas mais) que estamos acostumados no Brasil, não existe aqui não. E se existe, esconderam muito bem. 🙂

Bem, por hoje é só. Preciso descansar um pouco, pois a semana não foi lá muito tranqüila. As aulas estão cada vez mais puxadas. São três blocos de 2 horas cada, por dia, sendo que o primeiro começa às 11h, o segundo as 13h30 e o terceiro às 16h, totalizando 6 horas com 30 minutos de intervalo entre cada bloco. Estavam achando que a vida aqui seria mole? Não é bem assim não. São férias, mas tem trabalho também. Confesso que tem um certo prazer nisso, mas não está mole não. Porém esse é um assunto para o próximo texto. Afinal, o sono ta batendo e o final de semana chegando, e junto uma série de atividades me aguarda.

A propósito e para matar a curiosidade de muitos, as fotos acima são da casa onde estou “morando”.

E aguardem, porque vem aí as primeiras fotos da viagem.




Mas para os mais apressados, uma pequena amostra do que está por vir.


Salute!!!

And have a good weekend!