Uma semana… É o tempo que ainda me resta aqui no Canadá. Valeu a pena esses 6 meses longe do Brasil, os estudos e todo esse aprendizado?
Posso com toda certeza responder que SIM. Valeu e muito a pena. Primeiro pelo fato de entender que temos um limite e precisamos respeitá-lo. Estudar um outro idioma não é apenas sentar em uma sala de aula, passar dias e dias estudando que vai fazer com que consigamos entender e falar tudo. Ledo engano. É preciso viver, respirar isso o tempo todo. Ir pra rua, ouvir e conversar. Confesso que fiquei um tanto quanto frustrado no início, mas hoje vejo que estava exigindo muito. Não precisava tanto, mas, quem me conhece um pouco mais sabe que sou uma pessoa detalhista e critica ao extremo. E isso se reflete ao dobro quando o foco sou EU.
Volto ao Brasil com a sensação de que precisava de mais tempo, mas por outro lado penso que esse tempo seria toda uma vida para chegar no ponto ideal. E não é o meu objetivo. Existe um momento em que precisamos parar o detalhe e começar a viver o que aprendemos. Não dá pra aprender o tempo todo. Desde que cheguei, pude ver claramente minha evolução, principalmente em entender o que as pessoas falam no dia-a-dia. É claro que as vezes não entendo uma vírgula de uma determinada pessoa, mas outras é claro e límpido como musica clássica… A percepção de que o cérebro está assimilando é diária. Inclusive nos sonhos. Imaginava que meus amigos brincavam comigo dizendo que, quando sonhasse em inglês eu já estaria em um nível muito bom. O pior é que isso aconteceu. Dia desses, ou melhor, madrugada dessas me pego sonhando em inglês e o pior de tudo, entendendo. 🙂
Volto também com a sensação de que o receio que tinha do idioma antes de passar por essa experiência, definitivamente foi sepultado. Já era. Isso não quer dizer que sou fluente. Claro que não, longe disso, mas certamente minha comunicação melhorou consideravelmente em termos de melhor estruturação das frases, a chave seletora de canais já muda no automático e por aí vai. Entendo e me faço entender. Acho que meu objetivo FOI alcançado. Continuidade agora é a palavra, ou caso contrário perco todo o investimento que fiz nessa área.
Entretanto o idioma foi apenas 20% de tudo o que aprendi aqui. Para quem se assustou com esse percentual, digo que forcei um pouco a barra, pois se fosse um pouco mais rigoroso, reduziria pouco mais.
Abrindo de vez o jogo, meu PRINCIPAL objetivo com esse projeto, foi adquirir experiência de vida em outro país imerso em outro idioma, em outra cultura, em outro contexto. O idioma foi apenas uma variável, ou como alguns costumam chamar, uma desculpa para botar à frente do projeto e direcionar o foco para ele, mas na verdade, por trás disso tudo o objetivo era outro.
Um dia, quem sabe, conseguirei escrever transformar em palavras e botar aqui tudo o que aprendi nesse período. Como isso afetou minha vida pessoal e profissional. Como afetou minha forma de pensar e agir. Como afetou meus planejamentos para o futuro. Como afetou minha visão em relação ao que dizem ser países de primeiro e terceiro mundo. Como me afetou culturalmente. Enfim, é assunto para várias tardes de bate-papo que certamente terei o imenso prazer de estar com vocês e compartilhar tudo isso.
Um grande abraço!
Acredito! Se quando convivemos com pessoas de outros estados aqui dentro do nosso imenso país já conseguimos nos enriquecer culturalmente, pessoalmente, interiormente… imagina quando a cultura e língua são diferentes… realmente é uma experiência e tanto. Que bom que vc está feliz por a ter experimentado 🙂 Que os frutos sejam maravilhosos!! :))
beijão e bem vindo de volta
Kty 🙂
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É grande Kty… Muito grande… Mas te confesso que ainda é pequena perto do que ainda quero crescer em relação a isso. 😉
Brande beijo minha querida!!! 🙂
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Nossa… Acho que eu tenho uma idéia do nó que deve estar vagarosamente se formando na tua garganta, Ed… Afinal, a gente se acostuma com coisa boa, e abrir mão dela geralmente “custa caro” (eu lembro bem de como foi abrir mão de Curitiba há dois anos!)…
Porém a vida continua, e novos projetos deverão ocupar o lugar do que hoje é a prioridade máxima! E a experiência que ora vai se acabando fará aumentar o nível (qualidade e exigências…) dos projetos daqui pra frente! Tô feliz por você!
Carpe diem. Aproveite muito esses últimos dias, essas “vésperas da fase nova”, saboreie cada minuto com cuidado e atenção. Guarde esses bons momentos na memória e depois passe-os MESMO pro papel. Um dia a memória vai “abrir o bico”, mas o papel fica pra sempre!
Boa semana, meu amigo! Boa viagem! E deixe uma data de abril reservada pra botarmos em dia as novidades, claro que regadas a muita cerveja!
Grande abraço! :O)
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É isso mesmo Mietto, da mesma forma que foi difícil deixar minha cidade no interior de Goiás pra estudar em Goiânia, depois deixar minha família e amigos para trabalhar em Brasília e São Paulo. Aqui não será direfente. Da mesmna forma que não foi quando saí daí pra vir pra cá passar esses meses. Tudo bem, foram poucos perto de uma vida, mas diz isso pra saudade? É complicado…
Aprendi… Aprendi muito e certamente isso fará uma tremenda diferença na minha vida de agora em diante… E que venha o futuro… Não digo que estou 100% preparado para ele, nunca estamos, mas… Bem mais preparado para enfrentar qualquer desafio, isso eu estou!!!
Um grande abraço meu amigo e grato pelas palavras… Vamos que vamos!
Organizando minha vida aí vamos sim marcar uma cervejada pra gente botar esse falatório em dia, com toda certeza!!! 🙂
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