Olá pessoal!
Há tempos venho pensando em escrever um post sobre empreendedorismo e esse mundo corporativo, mas não tinha ainda coletado informações suficientes sobre o que quero escrever. E em uma dessas buscas encontrei no grupo Business & Jobs BRASIL, no Linkedin, um artigo do Jorge Lascas que achei bastante interessante e pertinente para o que gostaria de escrever.
Esse artigo faz referencias à Portugal e suas empresas, entretanto considero bem próximo da realidade brasileira.
Meu post ficará para outra ocasião, mas – (sempre tenho um “mas”…rs) – ao final deixo algumas reflexões e gostaria da ajuda de vocês para respondê-las. Se conseguirem, os espaço para comentários está sempre aberto.
Fica então o desafio e sem mais delongas, vamos ao artigo.
“QUE PME QUEREMOS TER NO FUTURO?
Por Jorge Lascas
Este artigo é sobre gestão estratégica. Sobre visão de futuro, para além dos problemas do dia-a-dia, dos pagamentos de impostos, funcionários e fornecedores. Para além das cobranças, fáceis ou difíceis. Para além da secretária que é desastrada, da telefonista respondona, ou do vendedor que chega sempre atrasado.
Terá o empresário capacidade de projectar a sua empresa num horizonte temporal que vá além do fim do mês ou do fim do ano? Alguns sim. Maior parte não.
Comecemos por distinguir entre empreendedor e empresário. Na minha opinião uma coisa não leva necessariamente à outra. É certo que um empresário tem que ser empreendedor. Um empreendedor pode nunca chegar a ser empresário. Ser empresário, e principalmente numa PME, é muito mais do que ser empreendedor. Precisa perceber de liderança, processos, marketing, finanças, recursos humanos, enfim, de tudo o envolve a sua actividade, o seu negócio.
Abordar este tema parece vir em má altura dada a actual conjuntura económica e os ventos de recessão que teimam em soprar cada vez mais fortes rumo a 2011.
Mas o Mundo não vai acabar, Portugal não vai acabar e as empresas não vão acabar. Continuemos a dissertação.
Estarão os empresários preparados para gerir eficientemente a sua empresa hoje e projectá-la no futuro com determinação e confiança?
Não estão. Não estavam antes, não estão agora. Queremos que estejam amanhã.
Cabe a todos os que lidam de perto com os empresários iniciar um processo de evangelização rumo ao conhecimento. É necessário despertar nos empresários o gosto pelo conhecimento, pela aprendizagem, pelas viagens. Os nossos empresários devem viajar muito, não em busca de sol e descanso, mas em busca de ambientes de negócio, de ideias e oportunidades. Devem sair da zona de conforto psicológico e entrar na luta de aprender sobre as áreas de gestão que menos dominam e que atrofiam a sua evolução pessoal e das pessoas que os seguem ao serviço da sua empresa.
Aproveitemos estes tempos que não aconselham a ter empresas maiores, para ter empresas melhores, iniciando um processo que servirá de fundações a um crescimento futuro mais sustentado e sustentável, rumo a um futuro que não é comandado pelos ventos, mas pela visão e vontade inabalável do empresário.”
Conforme disse no início deste post, diante do exposto pelo artigo comecei a refletir na forma como as empresas brasileiras são gerenciadas e como os empresários as visualizam no futuro. Nessa reflexão, gostaria da ajuda de vocês em relação a alguns questionamentos:
1. É possível, olhando para dentro e vendo a atual conjuntura empresarial do país, uma empresa brasileira atingir o grau de crescimento e visibilidade de uma Google ou de uma Microsoft? Observando a forma como foram criadas e de onde partiram.
2. Se é possível, considerando a quantidade de profissionais qualificados que temos, porque ainda não temos uma empresa nesse nível?
3. Quais motivos leva uma empresa com esse potencial a não acreditar que podem chegar lá? Ou mesmo acreditando, porque não chegam?
Sintam-se à vontade!!!
Abraços!!!
Edwagney Luz
Olá Edwagney!
Bem legal a reflexão do artigo do Jorge.
Vou tentar responder as perguntas (se eu falar alguma besteira me corrija rs):
1 – Acho difícil e não só aqui no Brasil, como em qualquer lugar do mundo. Tanto o Google como a Microsoft tentam monopolizar os seus ramos de atuações, embora o “lema” do Google seja “don’t be evil”, ele está sempre de olho em PMEs e comprando elas, e um efeito colateral disso, é a diminuição de possíveis concorrentes. Além disso, a nova geração de empreendedores está buscando ser mais sustentáveis e enxutas (ex.: 37 Signals), e muitos deles não tem a anspiração de ser o próximo Google/Microsoft e achem que ser pequeno pode ser um bom diferencial e saudável para o seu negócio. (embora eu ache que ser um Google/Microsoft seja algo muito bom, frente as possibilidades que você irá ter e o “poder” de guiar o mercado).
2 – Embora eu ache difícil nascer uma Microsoft/Google no Brasil, eu não acho impossível (rs). Mas algo que dificulta o nascimento de uma nova Microsoft/Google no Brasil é a cultura brasileira e o incentivo do Governo na área de Tecnologia. Muitos excelentes profissionais brasileiros, estão atuando em multinacionais e até mesmo fora do país.
3 – Chegar lá é possível, e até possível superar eles, afinal se vimos vários casos de grandes empresas perderem terreno, devido as mudanças que ocorreram em seus ramos de atuação e por não se adaptarem logo a elas. A própria Microsoft ficou para traz na área de Mobile, e está tentando recuperar agora.
No Brasil temos empresas grandes de Tecnologia, como por exemplo a Locaweb, Buscapé e Tivit, e todas elas tem um bom potencial em suas áreas de atuação.
Abraços!
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