Cada lugar, um lugar!

Meus queridos amigos aqui estou novamente.

Eu sei. Demorei um tempo para escrever novamente, mas não foi por vontade própria. Essa última semana foi meio complicada, pois a escola apertou por se tratar da última semana, mas estou aqui novamente e possivelmente esse será minha última publicação daqui de Vancouver. Mas não fiquem tristes, pois eu não irei desativar esse espaço, pelo contrário, ele existia antes da minha viagem, porém eu não divulgava tanto quanto agora. Ele continuará existindo após meu retorno ao Brasil. Irei continuar escrevendo e postando minha opinião sobre diversos assuntos, como vinha fazendo.

Pois bem, eu começo o texto usando o tom de despedida de Vancouver. Uma cidade sensacional que me conquistou desde o primeiro dia em que pisei aqui. Acho que puderam notar através de meus textos. Mas o Brasil é o país que nasci, adoro e preciso voltar. Porém fica aquele gostinho de quero mais. Gostinho esse que um dia provarei novamente, mas não agora. Tenho outros projetos a serem concretizados no Brasil antes de almejar vôos mais altos. É aquele ditado, não espere que a oportunidade chegue, mas esteja preparado para quando ela chegar, pois ela nunca irá te avisar, simplesmente chega.

Vancouver me proporcionou momentos extremamente alegres e aconchegantes. Deu-me a oportunidade de conhecer novas pessoas, novas culturas e novos hábitos. Conheci um pouco sobre o Canadá, Turquia, China, Japão, Coréia, México, Arábia Saudita, França.

Certa vez um grande amigo do Brasil me disse que quando fazemos algo de coração aberto, com honestidade e sinceridade, tudo conspira a favor. Foi assim que saí de São Paulo e melhor do que isso eu voltarei, vocês perceberão claramente. Foram 30 dias que para alguns pode parecer pouco, mas é o suficiente para marcar para sempre nossas vidas.

Quero registrar meu agradecimento à Andressa pelas ajudas nas aulas de gramática; Ana, Lucy, Sandro e Tati por me suportar nas aulas de “communication skill”; Em especial à Ana e Sandro por me suportar também nas aulas de “Business”. Meu inglês melhorou muito, mas ainda não é lá essas coisas. Imagine suportar isso em duas aulas no mesmo dia, cinco dias por semana. Vocês realmente mandaram muito bem e nunca reclamaram um minuto sequer. Se quiserem fazer isso agora, estão liberados. Hehehe

Outros brasileiros que conheci, porém não tive a oportunidade de conhecê-los quando queria, também merecem serem citados. É o caso dos brasileiros Eliz, Junior, Marcelo, José, Diene, Cristiane. Não tive aulas com eles, mas nos conhecemos em alguns passeios e na escola sempre batíamos um bom papo nos pequenos intervalos de aulas.

Tenho outras pessoas a agradecer, porém nem vai adiantar escrever muito, pois não vão conseguir entender isso aqui. Mas vou citar os nomes, pois eles merecem. Nas aulas de “Business” apresento o amigo Bora da Turquia, uma figura ímpar que a gente só acha aqui (Não, não é um dos malucos de Vancouver, mas está bem perto, assim como todos os que abriram mão de um monte de coisas e fizeram essa viagem), me diverti muito com as trapalhadas da Karen (me fez perder $300 dólares no jogo (semelhante ao banco imobiliário), mas tudo bem está perdoada); Do coreano Jason, que no último dia acho que bebeu além da conta e a meu ver estava meio zonzo, mas fiquei na minha. Outras pessoas merecem destaque, como o caso da Ayaka(Japão), que seja qual for o dia sempre cumprimentava com um tremendo carinho e um sorriso sem igual. A lista é grande, e seria impossível colocar todos aqui, mas garanto que sempre serão lembrados, pois comigo é assim, uma vez amigo, sempre amigo esteja onde estiver. 😀

E finalmente cito novamente a Ana e mais duas pessoas sensacionais e únicas que conheci e tive o imenso prazer de conviver esses 30 dias com elas, Juliana e Thaís. Quatro pessoas em Vancouver que fizeram de tudo um pouco. A Ana, tirando o trauma e o péssimo horário b… bus, estava sempre conosco em tudo o que fazíamos após as aulas e passeios, porém nos desculpe pelo dia no Lynn Park. Congelar seu pé não estava nos planos. A Juliana, apesar de não termos feito nenhuma aula juntos, sempre estava conosco em tudo o que fazíamos. Lynn Park e Grouse Mountain que o digam. Espero que o boneco de neve seu e da Thaís ainda estejam lá. Se estiver, assim que voltarem tire uma foto e me mande. Estarei aguardando. A Thaís que tem um espírito aventureiro inigualável e topava tudo. Até mesmo revidar a uma guerra de bola de neve. A intenção era apenas divertir e colocar uma bola de neve dentro do seu capuz não era a intenção ok? Ahh, e avise seu micro que já fui embora. Nada de atrapalhar sua vida novamente ok? 🙂

Juliana e Thaís, se cuidem e aproveitem a oportunidade que estão tendo. Estudem, porém não deixem de sempre se divertir. Faz parte do bom aprendizado. E reiterando minha promessa, não esquecerei de vocês quando estiver no Brasil. 🙂

Agora o recado é para meus amigos do Brasil… TÔ CHEGANDO GALERA!!!

Comecem a preparar a recepção. Leo marcar o dia do chopp é por sua conta, te vira com isso. Seu aniversário será comemorado no sábado sem minha presença, mas quero que organize outro dia prá comemorarmos o meu e o seu outra vez; Marco, você está meio longe, mas o churrasco será por sua conta e precisamos marcar um dia na sua “lage” em Brasília prá eu te contar detalhes dessa viagem; Carlin, aqui senti mais saudade ainda da sua pizza. Antes do meu sobrinho nascer, precisamos fazer uma pizzada. Se quiser reservo o forno do meu condomínio.rs; Gi, te vira prá preparar um prato daqueles, pois vou querer ele com o meu nome; Paty você está liberada, mas só dessa vez. rs; Minutti, vai precisar reservar um tempo prá me dar umas dicas de Xbox, to levando o meu e acabo de entrar para o time de gamemaníacos; Boanerges, você será o responsável por arrumar um lugar em Goiânia prá gente compartilhar informações sobre os melhores lugares a se visitar no mundo. Agora ta tudo danado, peguei o jeito de viajar.rs; Geo, ache um tempo em Brasília ou Goiânia para compartilharmos fotos e informações sobre a Canadá e Inglaterra.

Hmmm… É impressão minha ou precisamos agendar um novo encontro da turma de faculdade? E precisa ser rápido, pois a saudade é grande. Já pararam para pensar que nossa amizade já fez aniversário de dez anos a tempos e nunca comemoramos? Está passando da hora… 😀

Vou ficando por aqui, pois está tarde e amanhã irei para meu último passeio em Vancouver e ainda arrumar as malas para pegar algumas “horinhas” de vôo até o Brasil.

Vejo vocês em breve, mas enquanto isso curtam essas imagens de Grouse Mountain.
Simplesmente SENSACIONAL!!!

Só não vale perguntar se gostei desse dia. 😀

“Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos; é justamente porque não ousamos que tais coisas são difíceis.” (Sêneca)

“Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar.” (Anatole France)

Um grande abraço a todos!

A primeira queda, a gente nunca esquece!

Olá meus amigos?

Cansados desse papo de viagem ou preparados para mais uma leitura?

Depois da chuva de comentários que venho recebendo, estou me animando com esse negócio de escrever. Se não der mais certo na informática, acho que posso seguir a carreira de escritor. Posso? Vocês realmente comprarão alguma publicação minha? Bem, deixa de papo furado e vamos ao que realmente interessa.

Olha, nunca vi tanta gente se identificando com Vancouver depois de ler o texto sobre os malucos. Não sei, mas creio que não deveria ter escrito, mas agora já foi. E pensando bem, existe uma certa identificação sim. Sair de seu país, do conforto de casa e de repente ir prá outro com um idioma completamente diferente. É coisa de doido mesmo, mas enfim. Enquanto ainda não estamos fazendo bilu-bilu, dando palestra em trem, falando com um celular virtual e uma pessoa virtual, acho que temos conserto. Mas enfim, apenas um comentário, pois hoje falo de dois de meus passeios por aqui.

Durante a semana recebemos um folheto da escola indicando os lugares que ela organizava para visitas. Já de cara escolhi Whistler, onde tem uma das mais belas e famosas estações de esqui, e onde será realizado algumas competições das Olimpíadas de Inverno de 2010. Esse passeio caiu em um domingo, coincidentemente dia do meu aniversário. Coincidência ou não, passei meu aniversário na neve. Prá quem nunca tinha visto neve na vida, acho que foi legal o aniversário, o que acham?

Bem, mas antes desse dia, teria o sábado todo pela frente e sem nada para fazer. E isso estava totalmente fora de cogitação. Pois bem. Reunimos alguns colegas de classe e outros de outras classes e decidimos por conhecer o Stanley Park, que fica dentro da cidade de Vancouver. Peguei o ônibus na manhã de sábado e encontrei meus colegas em frente à escola e descemos à pé até o parque. Mas antes uma parada para um chocolate quente, afinal ninguém suporta frio sem algo quente para beber. E especialmente nesse dia, amanheceu com uma garoa fria e o tempo mais frio ainda, quase congelando. Mas com o passar do dia foi esquentando. Par que vocês entendam, quente aqui nessa época é em torno de 8 graus, ok? Pois bem, entre chocolate quente e paradas para fotos, chegamos ao parque, porém nem chegamos a entrar totalmente nele e já fomos direto para o Aquário de Vancouver. Se algum dia vocês passarem por aqui, não deixem de entrar nele. Ah, não esqueçam a carteira de estudante, tem um belo desconto. 😉

Uma vez lá dentro, além de visitar os diversos tipos de peixes e animais marinhos e terrestres também, veja antes os horários de apresentações de focas, baleias e golfinhos. Não chega a ser uma daquelas apresentações da Disney, que um dia verei ao vivo, mas vale e muito a pena. É o maior barato essas apresentações e o melhor é que são apresentações curtas e sobre muito tempo para conhecer o aquário por completo. E na saída, para variar, uma loja de souvenirs aguarda seus dólares.

Em relação a esse passeio, não tenho muito o que contar, apenas deixá-los com aquela sensação de que, um dia quero conhecer e digo, vale e muito a pena.

Depois desse passeio, parte do grupo foi para outro parque e eu fui, com outra parte do grupo, para o shopping gastar um pouco. Não que eu não quisesse conhecer outro local. Até queria e muito, mas eu não tinha roupa de frio para agüentar o dia seguinte e tinha que me prevenir. Daí, a necessidade de sobrevivência falou mais alto.

Chegou o dia seguinte. 😀

Acordei lá pelas 5h da manhã, às 6h peguei o ônibus e 6h30 estava com outros colegas aguardando a Van sair para Whistler. Esse dia estava totalmente sem nuvens e com um sol de dar inveja a qualquer um na praia de Copacabana. A questão é que em Copacabana não é frio… hehehe

No caminho para Whistler, fomos o tempo todo acompanhados por belas paisagens das montanhas geladas aqui do Canadá. Paramos em um posto de conveniência para quem quisesse esquiar, comprar o ticket de aluguel dos equipamentos e o BACANA aqui foi um deles. Ah se eu pudesse prever o futuro… Mas o passado ensina. Quando aprendemos a andar, a primeira queda a gente nunca esquece, não é verdade? Depois que cresce, isso faz mais sentido ainda.

Chegando em Whistler, fomos recebidos por um pouco de frio. Aliás, muito frio e neve por tudo o que era canto da cidade. E novamente o BACANA louco prá subir num esqui. E dali seguimos para pegar o equipamento e subir o morro… E que morro! 😀

Antes disso, apreciamos as belas construções do vilarejo que mais parece os cenários do Projac. Tudo isso está registrado na minha máquina fotográfica. Estou selecionando as melhores para publicar no álbum.

Pois então, chegando no aluguel, fiz os procedimentos iniciais, peguei os equipamentos e entrei na gôndola com outro colega para esquiar. Ele sabia, mas eu… Eu nunca era deveria ter conjugado o verbo esquiar. Mas tudo bem. Até chegar lá em cima, só festa. Uma vez lá, esse meu colega me ensinou o básico e o Ed já sabia esquiar. Uhuuuu … Agora é descer o morro. É… Esse era o problema. Depois que subi naquelas duas “ripas” nada mais conseguia me fazer parar em cima delas, e o pior, quando parava, quem andava eram elas. Aquele treco andava só de ver um desnível. Parece até que tava de brincadeira comigo ou tinha alguém de divertindo, controlando aquilo através de um controle remoto.

Mas tudo bem, o BACANA pensou, aliás, pensou não, porque se pensasse não estaria em cima daquele treco, mas tudo bem. Falei comigo mesmo: Daqui a pouco pego o jeito. Depois de um tempo, não é que peguei o jeito mesmo. O jeito de cair de forma que me machucava o menos possível. Vocês não tem a mínima noção de como a neve é bonita. A conheci de tudo quanto foi jeito, de costa, de frente, de lado, de boca (aliás, nem precisei botar na boca prá saber o gosto disso, ela veio até mim numa velocidade que nunca havia visto antes), o cheiro eu não sei, porque o nariz foi tantas vezes nela que adormeceu de gelado. Era cada tombo cinematográfico. Teve horas que me imaginei que nem desenho animado, caindo e virando uma bola de neve. E não estava muito longe disso não.

Ah, tem ainda o Snowboard. Se eu subi num treco desses? É claro que não. Se eu não parei em cima de dois, que o dia de um com os pés amarrados. E não pensem que é que nem skate, porque não é. Seus pés ficam presos naquilo. Se não souber parar também, só o chão prá segurar e eu já estava cansado de cair.

Devem estar se matando de rir, mas tudo bem, minha intenção é essa mesmo. Só para que vocês não façam isso sem antes pegar umas aulas antes, mas adianto que o preço não é lá muito divertido não. Melhor seria rir de você mesmo quando estiver lá em cima diante da seguinte cena: Você sobre aquele troço morro abaixo e do lado um barranco. Na sua frente um bando de árvore chegando a uma velocidade maior do que o seu tempo para achar uma solução de como parar aquelas duas “ripas”. E para piorar, você tem uma curva entre as árvores e o barranco. É onde você tem que passar. O que vocês fariam?

Bem, a minha solução para parar vocês já sabem, agora cabe a cada um ter a mesma experiência para me contarem depois. Mas de uma coisa vocês podem ter certeza, eu faria tudo isso novamente. Nada no mundo paga a sensação de estar ali, mesmo sobre essas condições, mesmo tendo que subir morro acima à pé, pois até em baixo era um longo caminho e em cima daquele troço eu não desceria nem sobe tortura. Essa foi a maior experiência da minha vida, uma porque não sei se faço isso novamente, não sem pegar aula, e outra para saber que meus esportes são o futebol, tênis e corrida. Esporte de inverno, faço muita questão não. E felizmente para mim e infelizmente para vocês, ninguém fotografou isso. Bem que eu queria, mas, doido prá fazer isso lá em cima, só eu mesmo. 😀

Ah, mas e a foto acima? Estou de pé em cima das “ripas”. Não se iludam com ela, é só prá compor um álbum feliz. Aquele meu colega tirou quando consegui, finalmente, parar em cima daquele troço. Daí ele desceu e a partir daí começou o show que vocês já conhecem e não vou contar de novo. Tão achando o quê, neve é gelada e branca, mas não é mole não.

Bem, por hoje é só. Só Ed, pô escreveu prá burro e diz só? Tudo bem, avancei um pouco, foi mal, mas eu precisava desabafar com alguém e ninguém melhor do que meus amigos e familiares, é ou não é? 😀

Agora posso dormir em paz com minha consciência.

Mas antes de dormir, deixo para vocês mais uma imagem do belo riacho Lynn, no Lynn Canyon Park. Cenário do próximo passeio que farão.

Um grande abraço a todos!

De médico e louco, todo mundo tem um pouco!

Olá meus amigos. Estou aqui novamente e tenho muita coisa a contar, porém preciso dividir em partes, caso contrário essa leitura ficará bastante cansativa. Eu sei por que trabalho que nem vocês e às vezes é complicado ler um texto muito extenso. Pois bem, hoje vou contar um pouco sobre algumas particularidades de Vancouver, sob o meu ponto de vista, claro. Quero ainda contar sobre dois de meus passeios, mas deixo para o próximo texto, pois o que tenho prá contar hoje é muita coisa prá um dia só. 🙂

Primeiramente me desculpem a foto, mas foi a mais bizarra que consegui produzir para representar esse texto. E detalhe, quando tiver nem pensava em escrever isso aqui, mas aí estava fazendo um frio de doer os ossos e meu objetivo era representar isso. Paciência, ficou tão bizzara que vai representar outra coisa. 😀

No Brasil, é bastante comum andarmos pelas ruas e vermos pedintes e mendigos pelas ruas e calçadas. Aqui pedinte até achamos, porém adultos e não crianças. Mendigos alguns as vezes aparece, porém é meio raro encontrá-los. Mas Vancouver tem uma particularidade que me chamou atenção. A quantidade de maluco que essa cidade tem. Não riam não, é verdade. Estou falando sério. É um maluco a cada esquina. Para confirmar isso, pesquisei no Orkut e tem até comunidade “Medo dos loucos de Vancouver”. A coisa é séria minha gente. Sabe aquelas figuras premiadas de álbum de figurinha, que precisávamos comprar 200 pacotes prá achar uma? Pois é, aqui se acha uma dessas em cada esquina, literalmente e em forma de gente. Basta caminhar nas ruas por alguns segundos e pronto, dá de cara com uma dessas. 🙂

Não estão acreditando? Ok… Continue lendo. No final deixem seus comentários a respeito.

Quando voltava do meu primeiro passeio, eu e meus colegas pegamos o Sky Train(é como o metrô de superfície), para ir a um shopping conhecer o lugar e comermos também. Afinal eram quase 3h da tarde e andávamos desde as 9h da manhã.

Pegamos o trem, começamos a conversar (em Inglês, claro), e me aparece um sujeito que começa a falar alto dentro do trem. No início não dei muita atenção e até achei que fosse que nem aquelas pessoas que entram em ônibus e metrô no Brasil para vender trecos. Que nada, era um desses malucos. Abrindo um parêntesis, aqui os trens não possuem catracas como nossos metrôs. Você simplesmente valida o ticket, bota no bolso e vai embora, ou seja, se ninguém lhe pede o ticket, não fica nem sabendo que você validou, mas é um risco, se alguém pedir você precisará apresentá-lo. Essa é outra questão importantíssima sobre a cultura de país de primeiro mundo. Ninguém questiona se pagou ou não, mas cada um sabe da sua responsabilidade para continuar mantendo o sistema funcionando bem e com qualidade. E o estado por sua vez, retribui no mesmo nível. Bem diferente de um país que eu conheço. Esse mesmo ticket dá direito ao trem, ônibus e SeaBus(espécie de balsa que pegamos para atravessar para North Vancouver), durante um período de 1h40. Validou uma vez, começa a contar o tempo. Você pode andar quantas vezes quiser dentro desse período em uma determinada região, mas isso não vou contar agora, deixa para outro momento. Essa aqui é dedicada aos loucos… 😀

Voltando à figura premiada do trem, o cara parava de falar e depois mandava ver novamente. Comecei a prestar atenção no sujeito, sem olhar diretamente para ele claro, vai que ele acha mesmo que to assistindo ele. Maluco por maluco, guardo a minha maluquice prá mim mesmo. Para a minha surpresa, comecei a entender o rapaz(um maluco mais cedo ou mais tarde acaba entendendo outro). Acho que ele estava pensando que nós éramos uma platéia e ele o palestrante. E o pior deveria ser um assunto importantíssimo, pois a fisionomia dele era séria e compenetrada. Não entendi qual o assunto, mas o camarada falava e de repente parava como se estivesse feito uma pergunta e esperava a resposta. Ele continuava: “That it, is correct”. E começava todo o discurso novamente. Essa palestra durou o tempo suficiente para que chegasse nossa estação e termos que abandonar essa bela, ilustríssima e importante apresentação. Sem palmas, pois o discurso continuou adiante e pela animação do palestrante possivelmente não deve ter parado até hoje, mas a continuidade dessa história deixo por conta de outra pessoa.

Mais um dia de aula e estou eu voltando para “casa”. Pego meu ônibus costumeiro e me sento mais ou menos no meio. Na parada seguinte entra um senhor que aparentava ter seus quarenta e poucos anos e senta-se a umas duas cadeiras de distância da minha. Até aí tudo bem, tudo normal não fosse ele começar a conversar com alguém. Devem estar se perguntando qual é a maluquice disso, afinal todo mundo conversa com todo mundo. A questão é que não tinha ninguém do lado dele e o cara batia o maior papo. E falava, apontava algo fora do ônibus, respondia as perguntas (dele), perguntava de novo, contava algo e até brigar com o outro maluco imaginário ele brigava. Não falava alto, ficava na dele, porém batendo o maior papo prá passar o tempo na volta prá casa. A coisa é de maluco mesmo. Estão rindo? Pois é, eu também tenho horas que não consigo segurar o riso, mas fazer o quê? Fala sério? Eu me divirto aqui com isso. É o maior barato. Mas eu ainda quero descobrir o motivo de ter tanto maluco aqui. E detalhe, todos muito bem vestidos, banho tomado e etc. Não é que nem os malucos que vemos no Brasil diariamente não.

Tem histórias, como a de um carinha que falava ao celular e aparentemente brigando com alguém ao telefone celular. Urrava feito leão enfurecido. Detalhe, quando passei pelo garoto(é modo de falar, porque o cara deveria ter uns quarenta e poucos anos), percebi um leve detalhe. Falar ao celular é muito comum e encontrar alguém brigando com outro alguém também é comum, mas em todos esses casos um aparelho de celular aparece na mão do sujeito, mas na mão do nosso amigo bravio, só mesmo os dedos prá dizer que tinha alguma coisa. Outro dia voltava de uma loja com duas colegas de curso e me sai um cara do nada e pergunta (em espanhol), como vai a família e coisa e tal. Certa vez, pela manhã outra dessas figuras premiadas pára literalmente em frente ao ônibus em que eu estava e começa a berrar brigando com o motorista. Detalhe, o ônibus estava parado em frente à parada de ônibus. Não houve absolutamente nada para o cara estar naquela situação.

É ou não é coisa de doido? Quando descobrir os motivos de ter tanta gente assim aqui eu aviso, isso se eu não ficar assim também, pois trabalhar com Informática e Telecom, é meio passo prá começar a fazer bilu-bilu e chamar urubu de meu louro. Brincadeira minha??? Sugiro que pensem mais seriamente sobre o assunto. Hehehe

Por hoje é só pessoal. Estou muito cansado e preciso dormir.

Espero vê-los em breve e não esqueçam seus comentários. Só não peguem pesado com nossos “amigos” daqui. Sejam amenos, pois de médico e louco, todos nós temos um pouco. É ou não é? 🙂

Finalizo com uma foto tirada na “Lynn Canyon Suspension Bridge” que fica no Lynn Canyon Park em Noth Vancouver. Foi oficialmente inaugurada em 1912, possiu 48mts de comprimento e 50mts de altura, passando sobre o riacho que leva o mesmo nome do parque, Lynn.

Um grande abraço a todos!

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