Diferenças à parte…

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Olá meus amigos…

Demorei um pouco dessa vez, mas aqui estou novamente para compartilhar com vocês um pouco desse meu projeto. Acreditem, essa semana fez exatos 30 dias dos 180 que me planejei para ficar aqui e já muita coisa e pretendo ainda conhecer mais.

Antes, porém, gostaria de agradecer aos comentários que fizeram em meu último post, agradecer às mensagens de apoio que ando recebendom enfim, não vou citar nomes para não ser injusto, mas fica a todos vocês meu muito obrigado. Isso faz SIM uma tremenda diferença quando estamos longe de quem amamos. Gostaria também de pedir desculpas à minha irmã Dayse, pelo post ter sido escrito em inglês: “Dear, I’m sorry, but I need to improve my english and it’s necessary. :-((” (tudo bem, não se irrite que é só uma leve brincadeira (ainda bem que tô longe) … “Maninha, me desculpe, mas preciso mesmo melhorar meu Inglês e escrever é uma forma de praticar. Te prometo que quando escrever outro post em inglês, te envio uma cópia da tradução ok? :-)”

Bem, agradecimentos e desculpas em dia, vamos ao post.

Nesses 30 dias, tive a oportunidade de observar algumas coisas por aqui, e a comparação com nosso país foi inevitável. Quando falamos em país de primeiro mundo sempre pensamos em algo que tudo funciona, onde é uma maravilha só correto? Não é bem assim. Aqui também tem seus problemas. Isso mostra que qualquer que seja o lugar existem vantagens e desvantagens. É a história da grama do vizinho ser sempre mais verde. Isso lembrou-me de minha infância quando brincava de futebol nos campos de terra batida na minha cidade natal (Jaraguá-GO). Sempre que íamos jogar lá, pensávamos que dentro do estádio seria uma maravilha. Jogar na grama, a bola rola melhor, não quica quando damos um passe e por aí vai. Quando entrei no estário da primeira vez, me deu saudade do campo de terra batida. De longe a grama era verda, o gramado impecável, porém perto tinha alguns buracos que precisávamos desviar deles e marcar, na memória, onde estavam para não jogar a bola naquela direção e principalmente não corrermos alí, pois era arriscado cair e sofrer alguma contusão séria.

Aqui, a população também tem uma série de problemas, enfrenta dificuldades e não é aquela maravilha toda que vemos as pessoas contarem. Se o nosso querido Brasil as pessoas não fossem culturalmente corruptas, os governantes aplicassem realmente nosso dinheiro da forma correta, se as leis fossem realmente seguidas, certamente seríamos potencia mundial liderando com folga o score dos paises desenvolvidos. Sem a menor sobra de dúvidas. Um exemplo que fiquei sabendo aqui é que também existem filas de atendimento médico e que você também precisa poegar senha e aguardar seu atendimento. O conceito de urgência é um pouco diferente do nosso e ao que me consta não tem “jeitinho” como no Brasil. A diferença é que quando se é atendido… você É atendido como se deve ser… (entenderam ou não?) Quem ja usou o SUS sabe do que estou falando.

A diferença que vejo até agora entre nosso país e aqui, é exartamente isso. Aqui a população recebe de volta o que paga de imposto, tem uma melhor e mais justa equalização da renda, existe uma valorização dos profissionais e por aí vai. Um exemplo disso é que, conversando com um de meus professores, ele me disse que o salário de um profissional que limpa janela dos prédios, que fica pendurado do lado de fora, é mais alto até do que de um médico. Algo exorbitante? Não… Para eles ele precisa ganhar mais porque está correndo risco de vida, é alto risco. Quanto uma pessoa dessa ganharia no Brasil? 🙂

No Brasil a lei protege esse profissional exigindo que a empresa seja responsabilizada pelos equipamentos de segurança. Imaginem se esse profissional fosse realmente valorizado pelo risco que corre lá em cima? Com todos os direitos que ele tem hoje. O Brasil seria ou não seria um país melhor? é claro que outros fatores precisam ser levados em consideração, mas o ponto que quero colocar como reflexão é: Respeito pelo ser humano, necessidades básicas, direito a educação e etc. Temos leis bem elaboradas, temos espaço de sobra, temos inumeras riquezas, porém sem valorização humana, isso de nada vale. O ser humano precisa ser colocado em primeiro lugar, caso contrário, não há crescimento econômico que faça um país se tornar primeiro mundo.

E, reitero aos senhores e senhoritas que me dão o prazer da visita aqui, que eu voltarei ao meu país. Mesmo com todos os nossos problemas, ele continua sendo e sempre será o MEU país e é aí que quero viver e criar meus filhos(se os tiver, claro). 🙂

Certa vez recebi um vídeo de um amigo que dizia: “Não precisamos de um mundo melhor, precisamos de pessoas melhores vivendo nele.” Se cada um fizer sua parte, vivendo e criando seus filhos para que sejam no futuro pessoas com valores como dignidade e respeito por si mesmo e pelo próximo, certamente teremos mais orgulho de nossa terra natal.

Espero que tenham gostado e voltarei em breve com mais notícias.

Um grande abraço a todos!

Autor: Edwagney Luz

Tenho perfil inquieto. Estudante de música e gastronomia. Adepto de esportes de aventura onde procuro lugares incomuns para obter novas experiências e aprendizados. Assim, me tornar uma pessoa e um profissional melhor a cada dia. Mais de 20 anos atuando com tecnologia aplicado aos mercados de Telecom e Financeiro. Graduado pela PUC Goiás, Pós-Graduado pela Unicamp e MBA pela FIA Business School. Larga experiência em Qualidade e Teste de Software e RPA(Robotic Process Automation), atuando em consultoria, implementação e governança. Atualmente é sócio-proprietário da Qualyx Tecnologia e Head de QA do UBS BB.

3 comentários em “Diferenças à parte…”

  1. Oi meu querido,

    Adorei teu ponto de vista extremamente correto e humano sobre as diferenças saláriais. Cada pessoa deve receber um salário justo de acordo com sua atividade, condições de trabalho, riscos para saúde, para sua vida. E você está pleno de razão, o Brasil seria uma das maiores potências se a corrupção não fosse a engrenagem maior que move nossos políticos. Beijos e obrigada por compartilhar esta experiência.

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  2. Ed,
    Hoje parei e li, literalmente, todo o seu blog. Nossa, me emocionei com o meu nome citado com tanto carinho na nossa viagem de Fevereiro/08. Revivi cada pedaçinho que você contou, inclusive o pé congelado e o coleguinha doido falando no sky train. Obrigada por tanto carinho, por ser esta pessoa tão querida e por dividir esta sua experiência maravilhosa conosco.
    Curta bastante, você merece!

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